Ressonância magnética de pelve: como é feito o exame?
Fonte: Dr. Dr. Romulo Varella, radiologista da Dasa e gestor do centro de imagem do Hospital São Lucas
Um exame não invasivo cujo objetivo é auxiliar na detecção e caracterização de diversas condições pélvicas: essa é a ressonância magnética da pelve. Continue a leitura e saiba mais sobre o procedimento.
O que é ressonância magnética?
Trata-se de um método diagnóstico por imagem que permite a detecção e caracterização de diversas condições médicas, sem a utilização de radiação ionizante.
Especificamente, a ressonância magnética da pelve é útil na avaliação de condições pélvicas, como miomas, infertilidade e até mesmo alguns tipos de câncer.
O exame tem uma duração média de 40 minutos e oferece imagens detalhadas das estruturas internas do corpo, facilitando o diagnóstico preciso de várias doenças.
Quais condições a ressonância magnética pélvica pode detectar?
A ressonância magnética da pelve pode detectar uma variedade de condições tanto em homens quanto em mulheres, incluindo:
Para mulheres
- Avaliação de miomas uterinos: ajuda a identificar e caracterizar miomas uterinos, oferecendo detalhes sobre localização, tamanho e relação com estruturas próximas.
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Infertilidade: auxilia na identificação de causas de infertilidade, como anomalias uterinas, endometriose ou problemas ovarianos.
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Endometriose e cistos ovarianos: além de confirmar o diagnóstico de endometriose, fornece informações sobre a extensão da doença e avalia cistos ovarianos para determinar se são benignos ou malignos.
E, alguns casos, além de ressonância da pelve, o médico pode solicitar uma ultrassonografia transvaginal para o diagnóstico e mapeamento de lesões de endometriose.
Para homens
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Análise da próstata: auxilia na detecção e caracterização de lesões suspeitas na próstata, incluindo câncer.
Doenças Oncológicas
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Câncer de útero, ovários, bexiga, próstata, reto e canal anal: é essencial na avaliação pré-tratamento e monitoramento de doenças oncológicas pélvicas, fornecendo detalhes sobre tamanho, extensão e envolvimento de estruturas próximas para determinar o estádio da doença e planejar o tratamento adequado.
Como a ressonância magnética de pelve é feita?
A ressonância magnética da pelve é realizada com o paciente deitado em um tubo que cria um campo eletromagnético ao redor.
Durante o exame, um dispositivo em forma de placa, posicionado na frente da pelve do paciente, emite ondas de radiofrequência para gerar as imagens.
Para minimizar possíveis distorções nas imagens causadas por movimentação intestinal, é comum o uso de medicamentos por via intravenosa. Além disso, frequentemente se faz necessário o uso de um contraste venoso para proporcionar uma visualização mais detalhada dos tecidos.
Como é feita a ressonância magnética pélvica para endometriose
Especialmente nos casos de endometriose, um processo específico é adotado para melhorar a identificação de lesões associadas à doença. Sendo assim, antes da realização do exame, é aplicado um gel vaginal, além da introdução de soro retal.
Essas etapas auxiliam na obtenção de imagens mais claras e detalhadas das áreas afetadas pela endometriose, facilitando a detecção e avaliação das lesões que se formam quando o tecido que normalmente reveste o interior do útero cresce fora dele.
Suspeita de endometriose: sintomas e qual médico procurar
Os sintomas de endometriose incluem:
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Cólicas menstruais de forte intensidade;
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Dores durante as relações sexuais;
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Dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação;
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Dificuldade de engravidar.
O médico a ser consultado é um ginecologista. Este especialista é capacitado para avaliar, diagnosticar e tratar condições relacionadas ao sistema reprodutivo feminino, incluindo a endometriose. Para manter a saúde da mulher em dia, o recomendado é que esse médico seja consultado anualmente para uma avaliação da paciente.
Como é o preparo para ressonância magnética de pelve?
O preparo para a ressonância magnética da pelve geralmente envolve um jejum de duas a quatro horas antes do exame. Além disso, em algumas situações específicas, pode ser necessário realizar um enema, que é o processo de introdução de líquido no reto para esvaziá-lo, garantindo assim a clareza das imagens obtidas durante o procedimento.
Ressonância pélvica com preparo intestinal para endometriose
Para a realização de uma ressonância de pelve com preparo intestinal voltada para a detecção de endometriose, o procedimento inicia com a paciente administrando um laxante por via anal em casa, visando o esvaziamento do reto antes do exame.
No momento do exame, é aplicado soro retal e gel vaginal para otimizar a visualização das estruturas internas e facilitar a identificação de possíveis lesões de endometriose.
Pode fazer a RM de Pelve durante a menstruação?
Sim. E a realização durante a menstruação é especialmente recomendada quando há suspeita de endometriose ou o objetivo é investigar dores pélvicas. Nesta fase, os sintomas e as características da endometriose podem ser mais facilmente identificados.
Quando a ressonância magnética de pelve é indicada?
A ressonância magnética de pelve é indicada nos seguintes casos:
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Dor;
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Casos de endometriose;
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Miomas uterinos;
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Cistos ovarianos;
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Câncer ginecológico, urológico ou anorretal.
Quem não pode fazer ressonância magnética pélvica?
Geralmente, a ressonância magnética pélvica é contraindicada para pessoas com certos tipos de implantes eletrônicos ou dispositivos metálicos que podem ser incompatíveis com o campo magnético gerado pelo exame. Estamos nos referindo a pessoas com dispositivos mais antigos, como marcapassos e implantes cocleares (dispositivos eletrônicos que proporcionam sensação auditiva a pessoas com surdez severa ou profunda).
Sendo assim, é fundamental informar o médico sobre qualquer dispositivo ou implante presente no corpo antes de realizar o exame. Dessa forma, será avaliada a compatibilidade e garantida a segurança do paciente durante o exame.
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