Vacina Herpes-zóster: doses, reações e quem pode tomar

vacina herpes zóster

Autora: Maria Isabel de Moraes-Pinto, infectopediatra e médica consultora em vacinas da Dasa.

 

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Herpes zóster é uma doença que provoca lesões bastante dolorosas e incômodas na pele. É uma enfermidade que pode acometer pessoas que tiveram varicela (popularmente chamada de catapora) no passado. A melhor forma de se proteger contra o problema é tomando a vacina herpes zóster. Continue a leitura pra saber mais sobre ela.  

O que é Herpes-zóster? 

O herpes zóster ou cobreiro é uma doença infecciosa causada pela reativação do vírus varicela zóster, que também é responsável pela doença conhecida como catapora. 

O quadro se manifesta nos indivíduos infectados pelo vírus porque ele continua no corpo mesmo após a resolução da doença --é comum que ele permaneça no organismo por anos sem afetar a pessoa.  

No entanto, fatores como idade avançada e imunossupressão podem levar à reativação do varicela zóster. Por isso, o herpes zóster é mais comum em pessoas adultas após os 50 anos de idade ou imunossuprimidas. 

Quem pode tomar a vacina Herpes-zóster? 

A nova vacina herpes zóster (Shingrix) é recomendada para adultos acima de 50 anos e pessoas a partir de 18 anos que tenham risco aumentado para herpes zóster (como as imunossuprimidas). 

Ela também pode ser aplicada em indivíduos que já tiveram herpes zóster ou já tomaram, em outro momento, a vacina antiga (Zostavax). 

Vale lembrar ainda que quem nunca teve catapora deve receber primeiro a vacina varicela, que pode ser administrada em crianças a partir de 12 meses.

 

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A imunização contra Herpes-zóster é feita em quantas doses? 

A vacina herpes zóster recombinante (Shingrix) segue um esquema de duas doses separadas por um intervalo de dois meses. 

Qual é a eficácia da vacina? 

No Brasil, existem dois imunizantes que protegem contra o cobreiro e a neuralgia pós-herpética: a vacina herpes zóster recombinante (Shingrix), que chegou ao país em junho de 2022, e a vacina herpes zóster (Zostavax), mais antiga. 

Elas estão disponíveis apenas em serviços de saúde particulares. E embora ambas protejam contra o herpes zóster e a neuralgia pós-herpética, há duas diferenças principais: a eficácia e a tecnologia. 

A nova vacina herpes zóster (Shingrix) tem 91% de eficácia, enquanto a vacina antiga (Zostavax) apresenta 51% de eficácia. 

A vacina Herpes-zóster protege por quanto tempo? 

A vacina antiga (Zostavax) tinha uma duração estimada em cerca de três anos. Já a nova vacina Herpes-zóster recombinante (Shingrix) apresenta uma proteção com duração média de dez anos.  

Vacina Herpes-zóster: quais são as possíveis reações? 

As principais reações da vacina herpes zóster recombinante (Shingrix) incluem: 

  • Dor no local da injeção; 
  • Dor muscular; 
  • Fadiga; 
  • Cefaleia.

Na maioria dos casos, essas manifestações são leves ou moderadas e costumam durar dois ou três dias. 

Algumas pessoas podem ainda apresentar inchaço, vermelhidão e dor no local da aplicação da vacina de início dois a três dias após vacinação. Essa reação ocorre em pessoas que já apresentavam anticorpos para o vírus varicela zóster. Após a vacinação, esses anticorpos se ligam aos componentes da vacina e provocam uma reação inflamatória.  

Essa reação inflamatória chama-se reação de Arthus ou hipersensibilidade tipo 3. Ela deve ser comunicada aos profissionais que realizaram a vacinação. Em geral, cuidados locais com compressas frias são suficientes e o processo se resolve em 3 a 4 dias. Durante a resolução da reação pode aparecer prurido (coceira). 

Quem já teve herpes-zóster pode tomar? 

Sim. No entanto, sugere-se que pacientes que já tiveram quadro de Herpes Zóster sejam vacinados após seis meses do episódio da doença.  

Já quem foi previamente vacinado com a antiga vacina (Zostavax) deve aguardar um intervalo mínimo de 2 meses para receber a vacina Herpes Zóster Recombinante (Shingrix). 

 

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Categoria
Saúde