Paratireoide: o que é, função e doenças relacionadas

paratireoide

Autoras: Dra. Rosita Fontes, endocrinologista e assessora médica da Dasa, e Dra. Maria Cristina Chammas, radiologista coordenadora do setor de ultrassonografia da Dasa e diretora médica do Alta Excelência Diagnóstica 

 

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Paratireoide é um termo comumente usado em referência a quatro pequenas glândulas localizadas na região do pescoço. 

Importantes para o bom funcionamento do organismo, essas estruturas podem ser acometidas por condições como hiperparatireoidismo e hipoparatireoidismo. 

 

O que são e para que servem as glândulas paratireoides?  

As glândulas paratireoides situam-se atrás da tireoide, por isto o nome “paratireoides”. 

Elas são responsáveis pelo controle do metabolismo ósseo – processo por meio do qual as quantidades necessárias dos minerais cálcio e fósforo se combinam para formar os ossos. 

Tal controle se dá pela produção do paratormônio (PTH), que regula a absorção e o equilíbrio do cálcio entre o sangue e os ossos. 

 

Paratireoide: doenças relacionadas  

As principais condições que afetam as glândulas paratireoides são o hiperparatireoidismo e o hipoparatireoidismo. 

Hiperparatireoidismo  

O hiperparatireoidismo é marcado pelo excesso de paratormônio e geralmente cursa com cálcio alto no sangue. Essa doença pode ser classificada como primária, secundária ou terciária. 

No hiperparatireoidismo primário, as paratireoides produzem mais PTH do que o necessário. Isso pode se dever a um aumento de todas as paratireoides ou a um pequeno tumor (na maioria das vezes, benigno) em uma delas. 

Já o hiperparatireoidismo secundário ocorre quando as paratireoides são estimuladas a aumentar a produção de PTH devido a uma alteração em outro lugar do corpo – ou seja, o problema não está nas glândulas paratireoides. A elevação dos níveis de paratormônio podem ser consequência de problemas nos rins ou de deficiência de vitamina D, por exemplo. 

Por fim, o hiperparatireoidismo terciário é aquele que acomete, principalmente, pessoas com insuficiência renal crônica, podendo gerar níveis muito elevados de PTH. Nesse quadro, as paratireoides cronicamente estimuladas começam a produzir sozinhas o paratormônio. 

Hipoparatireoidismo 

O hipoparatireoidismo é caracterizado pela falta de PTH e geralmente cursa com cálcio baixo no sangue. 

A principal causa dessa doença está associada à retirada das paratireoides ou à diminuição do suprimento sanguíneo dessas glândulas, o que pode ocorrer após cirurgias da tireoide ou outras intervenções cirúrgicas no pescoço. 

Mais raramente, o hipoparatireoidismo também pode ser consequência de fatores genéticos, tumores ou doenças com fibrose na região do pescoço.

 

Leia também: Nódulos na tireoide: sintomas e quando procurar um médico 

 

Sintomas de alterações na paratireoide  

Grande parte das pessoas com alterações nas paratireoides são assintomáticas.  

Mas também é possível que alguns pacientes apresentem: 

  • Cálculos renais, osteoporose e fraturas, nos casos de hiperparatireoidismo; 

  • Cãibras, formigamentos e, em quadros graves, tetania (contrações musculares involuntárias similares a uma convulsão), nos casos de hipoparatireoidismo. 

 

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Diagnóstico de alterações na paratireoide  

O diagnóstico do hiperparatireoidismo e do hipoparatireoidismo são feitos a partir das dosagens de cálcio e de PTH no sangue: 

  • Cálcio e PTH elevados ou PTH elevado, mesmo que o cálcio ainda esteja normal, podem indicar hiperparatireoidismo; 

  • Cálcio e PTH baixos podem indicar hipoparatireoidismo. 

Esse conjunto de achados principais permitem que o médico prossiga na investigação com outros exames, como: 

  • Vitamina D; 

  • CTx; 

  • Fosfatase alcalina total e fosfatase alcalina óssea; 

  • Creatinina e estimativa da filtração glomerular; 

  • Magnésio; 

  • Dosagens de cálcio, fósforo e creatinina na urina. 

Exames de imagem 

Exames de imagem também auxiliam na avaliação de alterações na paratireoide. 

Eles podem ser muito importantes sobretudo em casos de hiperparatireoidismo primário e terciário, para avaliar se uma das paratireoides está especialmente aumentada devido a um tumor. 

O ultrassom da paratireoide, por exemplo, possibilita a localização de tumores e a análise de características como a ecogenicidade (qual o tom de cor cinza, se mais claro ou mais escuro) e a ecotextura (homogeneidade ou heterogeneidade) do tecido. 

A partir dele, o médico também consegue examinar se o tumor apresenta ou não características suspeitas para malignidade. 

Além da ultrassonografia, outro exame de imagem que pode ajudar a identificar e avaliar tumores nessas glândulas é a cintilografia da paratireoide com sestamibi (um tipo de medicação utilizada para visualizar o funcionamento dos órgãos). 

 

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Categoria
Saúde