Vitamina D: para que serve, fontes e como medir

Vitamina D: para que serve, fontes e como medir

Fonte: Dr. Adriano Cury | Médico endocrinologista

A vitamina D ganhou muito destaque entre pesquisadores nos últimos anos. Foram inúmeras pesquisas para tentar elucidar qual o papel da vitamina D, não somente no metabolismo do cálcio, mas em outras áreas do cuidado médico; na saúde cardiovascular, sistema imune dentre outros.  

 
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O que é vitamina D? 

Apesar de ser chamada de vitamina, ela tem inúmeras funções no organismo que transcendem as questões nutricionais e estruturais. 

A vitamina D é mais que uma vitamina. Hoje ela é considerada um hormônio que participa na saúde óssea, crescimento, imunidade, musculatura, metabolismo e em vários órgãos e sistemas. 

A vitamina D3 também pode ser adquirida na dieta e através de suplementos. 

Os precursores de vitamina D são produzidos pelo nosso corpo, com a exposição solar, a pele faz a transformação da pró-vitamina D3 em pré vitamina D3 e posteriormente em Vitamina D3. Na sequência essa molécula sofre sua primeira ativação no fígado (hidroxilação) e se transforma em 25 OH Vitamina D3 (25OHD3), que é a vitamina D dosada no sangue.  

A 25OHD3 é metabolizada no rim, gerando o calcitriol, molécula ativa da vitamina D3. 

Vitamina D2 

A vitamina D2 é produzida por plantas e cogumelos, expostos aos raios UV do sol, e ingeridos na dieta. Se unem ao metabolismo da D3 no fígado. 

Vitamina D3 

É a forma mais frequente e é produzida pelo nosso organismo. Ela também pode ser adquirida na dieta, no consumo de alimentos de origem animal, como peixes e gema de ovo, se unindo ao metabolismo da D3 produzida no corpo na etapa do fígado. 

Qual é a função da vitamina D? 

A vitamina D sempre teve como função principal sua atuação no sistema osteomuscular, pois age diretamente nas concentrações de cálcio e fósforo no organismo. 

A deficiência importante de vitamina D pode reduzir as taxas de cálcio no organismo prejudicando a ossificação e crescimento em crianças e a impactar o pico de massa óssea em adultos.  

Nas crianças, o raquitismo é o quadro mais grave de manifestação ostemetabólica da deficiência grave de vitamina D3 e a osteomalacia na população adulta. Além das alterações ósseas, há comprometimento da força e contratilidade muscular, gerando fraqueza muscular e, em última instância, comprometimento muscular globa, em adultos, participando da sarcopenia. 

Atualmente, a vitamina D e seus metabólitos têm sido envolvidos em muitos outros processos do organismo, tais como: 

  • Metabolismo do colágeno; 

  • Regulação do magnésio; 

  • Liberação de insulina pelo pâncreas e da prolactina pela hipófise; 

Há também as associações ligadas a uma eventual deficiência de vitamina D como: 

  • Doenças autoimunes (diabetes melito tipo 1, esclerose múltipla, doença inflamatória intestinal, lúpus  eritematoso sistêmico e artrite reumatoide); 

  • Hipertensão arterial sistêmica e obesidade; 

  • Pré-eclampsia, na obstetrícia de alto risco.  

Todas essas associações são alvo de muitas pesquisas científicas e, até o momento, não existem recomendações uniformes para o uso de vitamina D em pessoas com taxas normais nos exames laboratoriais.  

Os valores de referência variam de acordo com idade e condições individuais, portanto converse com seu médico e evite a automedicação. O uso excessivo e equivocado, sem orientação médica, de vitamina D3 pode levar a intoxicação com graves repercussões clínicas sistêmicas, particularmente, renais.  

Quais as principais fontes de vitamina D? 

Nosso organismo produz os precursores de vitamina D, mas precisa da exposição solar para transformar em vitamina D ativa. Peixes oleosos, gema de ovo e cogumelos são fontes alimentares de vitamina D. 

Quais os alimentos que contêm vitamina D? 

Os principais alimentos que contêm a vitamina são: peixes oleosos, gema de ovo e cogumelos. 
 

alimentos com vitamina d


Qual a quantidade necessária de vitamina D? 

Normalmente dieta e a exposição solar são suficientes para a manutenção dos níveis normais de vitamina D no organismo.

Com a confirmação de eventual deficiência de vitamina D, alguns casos necessitarão de suplementação, com doses que variam de acordo com a faixa etária e objetivo terapêutico, girando em torno de 600 a 2000 UI por dia. 

Como medir o nível de vitamina D? 

É possível verificar os valores de vitamina D3 através de um exame de sangue com as dosagens de 25 OH D3. Essa dosagem contempla a vitamina produzida pelo corpo e a ingerida na alimentação ou suplementação. São considerados níveis normais: 

  • População saudável abaixo de 60 anos: Superior a 20 ng/mL. 

  • População acima de 60 anos e grupos de risco: 30 a 60 ng/mL.   

São considerados grupos de risco para hipovitaminose D:

  • gestantes e lactantes;
  • pacientes com restrição à exposição solar;
  • indivíduos com osteomalácia, raquitismo, osteoporose e hiperparatireoidismo
  • pacientes acometidos por fraturas ou quedas recorrentes;
  • pessoas com doenças autoimunes e doença renal crônica;
  • pessoas com síndromes de má absorção (como após cirurgia bariátrica e doença inflamatória intestinal);
  • pacientes sob uso de medicamentos que possam interferir com a formação e degradação da vitamina D, como terapia antirretroviral, glicocorticóides e anticonvulsivantes.  

Excesso de vitamina D: o que causam? 

O excesso de vitamina D pode ocorrer durante o uso de altas dosagens de suplementação (prescritas) ou por equívoco de manipulação de medicamentos contendo vitamina D3. Dosagens laboratoriais acima de 100 ng/mL estão associadas a um maior risco de toxicidade e consequente hipercalcemia, hipercalciúria,litíase e até perda de função renal.  

Quando a suplementação é necessária? 

A suplementação é indicada quando a dosagem encontra-se abaixo dos níveis esperados para a idade ou condição clínica. 

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Categoria
Saúde