Ultrassom da tireoide: como é feito e para que serve o exame
Autora: Dra. Maria Cristina Chammas, radiologista coordenadora do setor de ultrassonografia da Dasa e diretora médica do Alta Excelência Diagnóstica
O ultrassom da tireoide é o principal exame de imagem utilizado para visualizar a glândula tireoide. Esse procedimento não é invasivo e não utiliza radiação, sendo feito a partir de ondas sonoras.
Tais ondas são emitidas e recebidas pelo transdutor (aparelho que o profissional encosta na pele do paciente com uma camada de gel) e processadas pelo computador, assim formando imagens em tempo real.
Para que serve o ultrassom da tireoide?
Esse exame serve para avaliar a morfologia da tireoide e seu padrão ultrassonográfico, levando em conta aspectos como:
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Tamanho da glândula (se está normal, aumentado ou reduzido);
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Ecogenicidade do tecido glandular (qual o tom de cor cinza, se normal, mais claro ou mais escuro);
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Ecotextura do tecido glandular (se há homogeneidade ou heterogeneidade);
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Presença de nódulos e qual o risco deles.
O que é o ultrassom da tireoide com Doppler?
Além de fornecer todas as informações que são obtidas pelo ultrassom convencional, o ultrassom da tireoide com Doppler mostra a vascularização do tecido e seu fluxo sanguíneo.
Isso permite que o médico analise a vascularização da glândula, dizendo se está normal, aumentada ou reduzida. Da mesma forma, consegue avaliar qual o padrão de vascularização dos nódulos da tireoide e assim fornecer informações preciosas para o médico prescritor.
O que o ultrassom da tireoide pode identificar sobre um nódulo?
O ultrassom dessa glândula pode identificar o risco que um nódulo apresenta para câncer de tireoide, sinalizando se há necessidade de realizar uma biópsia caso esse nódulo tenha risco aumentado ou indicar apenas um acompanhamento do nódulo.
Esse exame também é útil para determinar em que fase se encontra uma doença da tireoide.
Quando o ultrassom da tireoide é indicado?
Geralmente, o ultrassom da tireoide é solicitado para:
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Avaliar nódulos na tireoide;
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Investigar ou acompanhar doenças da tireoide;
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Orientar procedimentos intervencionistas (por exemplo, punções aspirativas ou outro procedimento para tratar um nódulo, como ablação).
Sinais de alterações na tireoide
São várias as condições que podem acometer a tireoide. Essa glândula pode apresentar nódulos benignos ou malignos, alterações hormonais e doenças autoimunes, por exemplo.
Geralmente, os nódulos não causam sintomas. Mas, a depender do tamanho, eles podem ser vistos pelos pacientes, aparecendo como “caroços” no pescoço.
Já as doenças hormonais, como hipotireoidismo e hipertireoidismo, são capazes de gerar uma série de manifestações.
O hipotireoidismo, quadro no qual a tireoide produz menos hormônios do que o adequado, pode causar: cansaço, diminuição da memória, sonolência, desânimo, intolerância ao frio, entre outros sintomas.
Pacientes com tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune que pode levar ao hipotireoidismo, apresentam sintomas típicos de hipotireoidismo.
O hipertireoidismo, quadro no qual a tireoide produz mais hormônios do que o necessário, pode causar: nervosismo, palpitações, intestino solto, intolerância ao calor, entre outros sintomas.
Pacientes com doença de Graves, uma doença autoimune que pode gerar hipertireoidismo, apresentam sintomas de hipertireoidismo e, em alguns casos, manifestações oculares como inchaço, olhos saltados, irritação e hipersensibilidade à luz.
Preparo para o ultrassom da tireoide
O ultrassom da tireoide não requer um preparo específico do paciente.
Somente recomenda-se que o indivíduo deixe a região do pescoço livre, sem joias ou roupas que cubram essa área do corpo.
Além disso, é importante que o paciente leve exames de imagem anteriores para que o médico possa fazer uma análise comparativa dos resultados.
Outros exames para diagnóstico de alterações na tireoide
Existem diversas alterações que podem atingir a tireoide, incluindo nódulos benignos ou malignos, doenças hormonais e doenças autoimunes.
O ultrassom costuma ser o método de imagem escolhido para estudar a tireoide, sobretudo quando se deseja avaliar nódulos. Junto dele, existem outros exames extremamente relevantes para diagnosticar alterações nessa glândula.
Entre os principais exames para detectar anormalidades na tireoide, estão:
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Dosagem de TSH e dosagem de T4 livre, para investigar hipotireoidismo e hipertireoidismo;
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Dosagem de anti-TPO, para investigar doenças autoimunes da tireoide;
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Biópsia ou punção, para investigar nódulos suspeitos para malignidade ou em pacientes que tenham risco aumentado para ter câncer de tireoide;
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Cintilografia da tireoide, para investigar uma série de alterações nessa glândula, incluindo hipertireoidismo e nódulos.