Serotonina: como ela atua em nosso organismo?
A serotonina é um neurotransmissor que desempenha várias funções essenciais no corpo, incluindo a regulação do humor, o controle do apetite e do sono, e a modulação da dor. Ela também influencia a função cognitiva, a memória e o aprendizado.
No sistema digestivo, a serotonina ajuda a regular os movimentos intestinais e a função intestinal em geral. Além disso, a serotonina está envolvida na regulação da temperatura corporal e no comportamento sexual.
O que é serotonina?
A serotonina, também conhecida como 5-hidroxitriptamina, é uma substância presente no sistema nervoso central e, principalmente, no trato gastrointestinal, onde se encontram as células cromafins, responsáveis pela produção de 80% da serotonina existente no corpo.
Para que serve a serotonina?
A serotonina é um neurotransmissor, ou seja, uma molécula que transmite informações entre os neurônios, influenciando aspectos como humor, cognição, ansiedade, aprendizado, apetite, desejo sexual e memória (dentre outros neurotransmissores). Além disso, ela ajuda a inibir sensações como raiva, ira, agressividade e até mesmo náusea e vômito.
Além de seu papel como neurotransmissor, a serotonina desempenha funções fisiológicas importantes, atuando também como mediador no trato gastrointestinal.
Exame de serotonina: como é feito?
O exame de serotonina é realizado por meio de uma coleta de sangue e avalia os níveis do neurotransmissor no organismo. A dosagem é útil na suspeita da síndrome carcinóide, ou seja, sinais e sintomas relacionados a um tumor, raro, das células produtoras de serotonina do trato gastrointestinal.
Serotonina e associação com a saúde mental
Costuma-se associar a serotonina a condições comuns de saúde mental da sociedade contemporânea, como a depressão ou ansiedade. Entretanto, não há evidências científicas de que níveis baixos de serotonina estejam correlacionados com sintomas de problemas emocionais como ansiedade e depressão ou ainda com questões como dificuldades para dormir, mal humor ou cansaço.
Diversos fatores podem influenciar a disponibilidade na fenda sináptica (no sistema nervoso central) da serotonina. Dentre eles, podemos citar o estresse, a falta de atividade física e alterações do sono.
Como aumentar a serotonina?
Entre as medidas usadas para aumentar a serotonina está a utilização de medicamentos antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), que têm respaldo em numerosos estudos clínicos e são amplamente utilizados para tratar depressão e ansiedade.
Lembrando que estes medicamentos só podem ser prescritos por profissionais médicos habilitados, como os psiquiatras, após uma cuidadosa avaliação clínica e psicológica. Somente desta forma teremos uma indicação correta e segura para o paciente.
Além disso, mudanças na dieta e no estilo de vida também poderiam contribuir com a disponibilidade de serotonina. Alimentos ricos em triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, podem contribuir para o aumento da produção desse neurotransmissor. São fontes de triptofano: carnes magras, ovos, peixes, frutos do mar, sementes, nozes, leguminosas, banana, abacate e chocolate amargo.
Há estudos que ainda sugerem que a atividade física, como caminhadas e exercícios aeróbicos, podem aumentar a disponibilidade de triptofano no cérebro, o que pode impactar a disponibilidade da serotonina no sistema nervoso central. Adicionalmente, práticas de manejo do estresse (como a meditação) também têm sido vistas como medidas relevantes na regulação da serotonina e, portanto, na melhora no bem-estar psicológico.
Fonte: Dr. Adriano Namo Cury, endocrinologista do Alta e Dra. Cristina Khawali, endocrinologista e diretora médica de análises clínicas da Dasa (regional São Paulo).