Placenta prévia: o que é e como diagnosticar?

Placenta prévia

Placenta prévia é uma condição que pode causar sangramentos intensos durante a gravidez ou no parto, representando risco para a mãe e o bebê. Continue a leitura para entender mais sobre o tema. 

O que é placenta prévia?  

Placenta prévia é quando a placenta está situada no caminho que o bebê tem que fazer para passar pelo canal de parto, ou seja, atinge ou recobre o orifício interno do colo uterino, no momento do parto ou nas semanas que precedem o parto. 

 

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O que é placenta prévia marginal? E placenta prévia total? 

Esses são termos históricos que não devem ser mais usados. A placenta prévia hoje não é mais classificada dessa forma. Sempre que a placenta atinge ou recobre o orifício interno do colo uterino é considerada prévia e o parto normal está contraindicado, pois o risco de sangramento durante o trabalho de parto é elevado.  
 
Quando a placenta não atinge o orifício interno do colo, mas está próximo a este (2cm de distância ou menos), a placenta é classificada como de inserção baixa. Nesses casos, com a dilatação do colo durante o trabalho de parto, a placenta ainda acaba ficando no canal de parto e o risco de sangramento é elevado, sobretudo nos casos em que essa distância é inferior a 1cm. 
 
A partir de 2cm de distância entre a placenta e o orifício interno do colo, o risco de sangramento é baixo e o parto normal é em geral seguro. 
 
É relevante notar que a decisão quanto à via de parto pode incluir outros fatores além da distância entre o colo e a placenta e que essa distância tende a aumentar ao longo da gestação. Ou seja, na maioria dos casos em que a placenta está próxima do colo com 20 semanas, essa distância aumenta para mais de 2cm no final da gestação.  
 
Os termos placenta prévia ou placenta de inserção baixa são, portanto, reservados ao terceiro trimestre e, em geral, uma definição final deve ser restrita às avaliações mais próximas do momento do parto, em geral após 34/36 semanas.  
 
A distância entre a placenta e o colo é em geral difícil de avaliar pela via abdominal no terceiro trimestre e, quando é necessário ser avaliada, em geral é realizada pela via transvaginal. 

O que pode causar placenta prévia?  

Nem sempre a placenta prévia tem causa definida. Mas ela é mais comum em quem já teve cesárea em gestação prévia ou antecedente de algum procedimento cirúrgico uterino (por exemplo miomectomia ou histeroscopia cirúrgica) e ainda em casos de fertilização in vitro.  
 
Em uma minoria dos casos, a placenta prévia pode estar associada a uma aderência placentária anômala, também conhecida como acretismo. Isso ocorre com mais frequência justamente nos casos em que a placenta se adere em tecido cicatricial (cicatriz da cesárea ou de procedimento cirúrgico).  
 
E esses casos, em geral, estão associados à dificuldade na dequitação da placenta (eliminação da placenta após o parto), podendo resultar em hemorragia.  
 
Hoje em dia, a ultrassonografia e a ressonância magnética nuclear podem identificar boa parte desses casos durante o pré-natal, permitindo uma programação cirúrgica adequada e a realização do parto com mais segurança. 

Quais são os sintomas de placenta prévia?  

Boa parte dos casos é assintomática. Mas sangramento vaginal nos segundo e terceiro trimestres é um sinal bastante frequente. 

Como é feito o diagnóstico?  

Quando a placenta está longe do colo nos primeiro e/ou segundo trimestres, o diagnóstico de placenta prévia já pode ser afastado.  
 
Nos casos em que placenta atinge ou recobre o colo é fundamental repetir a avaliação no terceiro trimestre, preferencialmente pela via transvaginal e confirmar o achado com 34-36 semanas.  
 
A ultrassonografia é o exame que identifica a posição da placenta desde o primeiro trimestre, mas a posição final da placenta só se define no terceiro. A via transvaginal fornece uma visualização mais detalhada da posição da placenta em relação ao colo do útero e é essencial no terceiro trimestre pois a sombra da cabeça fetal dificulta a visualização do colo pela via abdominal. O diagnóstico de placenta previa é reservado ao terceiro trimestre. 
 
A distância entre a placenta e o colo menor que a 20mm define a placenta de inserção baixa. Já a placenta prévia é definida quando a placenta atinge ou recobre o orifício interno do colo. 

Quais são os riscos da placenta prévia?  

Os riscos da placenta prévia são: 

  • Antes do trabalho de parto - sangramento e precipitação de parto prematuro; 

  • Durante o trabalho de parto - sangramento e aderência (acretismo) placentário. 

Como é feito o tratamento para placenta prévia?  

Não há tratamento. É contraindicação ao parto vaginal, sendo a cesárea a opção mais segura nesses casos. 

Qual é a melhor forma de dormir com placenta prévia? 

Não existe evidência científica sólida de que determinada posição de dormir possa ser benéfica.   

 

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Fonte: Dr. Javier Miguelez, médico especialista em medicina fetal do laboratório Alta Diagnósticos e da Dasa Genômica.

Categoria
Saúde