Menisco: lesão, diagnóstico e tratamento
Fonte: Dr. Camilo P Helito Filho, ortopedista de joelho do Hospital Nove de Julho
O joelho é uma importante articulação do corpo humano, e seu funcionamento é auxiliado pelos meniscos, que têm função na estabilização e no amortecimento de impactos. Logo, um joelho saudável depende da integridade do menisco e de outros componentes, como os ligamentos.
Dessa forma, qualquer problema no menisco afeta diretamente o joelho. Acompanhe a leitura e saiba mais sobre essa articulação.
O que é e qual a função do menisco?
Os meniscos são estruturas que ficam entre os ossos da articulação do joelho, servindo como amortecedores entre o fêmur, osso da coxa e a tíbia, principal osso na parte inferior da perna.
Fundamentais para o funcionamento harmonioso dessa articulação, os meniscos absorvem e distribuem cargas, além de atuarem como auxiliares na estabilização do joelho.
Eles são divididos em menisco medial e menisco lateral. A seguir, veja mais detalhes sobre cada um deles.
Menisco medial
O menisco medial fica na parte interna do joelho. É maior e tem um formato de meia-lua.
Menisco lateral
O menisco lateral fica na parte externa do joelho. É menor que o menisco medial e tem um formato semicircular.
Partes do menisco
O menisco tem parte dele conectada firmemente à tíbia, que é um osso da perna. Essa fixação ocorre por meio das raízes anterior e posterior do menisco. Porém, as outras partes do menisco, como o corno anterior, o corpo e o corno posterior, não estão diretamente ligadas aos ossos. Elas estão conectadas à cápsula articular, que é uma membrana que envolve a articulação do joelho.
Isso significa que essas áreas do menisco têm uma espécie de liberdade de movimento dentro da articulação do joelho, contribuindo para suas funções de absorção de impacto e estabilização. Toda estrutura do menisco permite que ele desempenhe um papel vital na distribuição de carga e na estabilidade da articulação do joelho.
Lesão no menisco: principais causas
As lesões meniscais podem ser traumáticas ou degenerativas. As traumáticas estão mais relacionadas a traumas ou acidentes esportivos e as degenerativas acontecem mais frequentemente após os 40 anos e podem estar relacionadas a traumas de menor intensidade.
É possível prevenir uma lesão no menisco?
Não existe uma prevenção específica para as lesões meniscais, mas algumas atitudes podem contribuir para minimizar os riscos:
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Manter uma boa massa muscular nas regiões das coxas e glúteos
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Controle de peso
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Treinos de equilíbrio
Sintomas de uma lesão no menisco do joelho
Os sintomas da lesão do menisco são:
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Dor na região do menisco acometido
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Derrame articular, ou seja, acúmulo de líquido na articulação
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Estalidos articulares, juntas estalando
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Bloqueio ou travamento da articulação podem ocorrer eventualmente
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Diagnóstico de uma lesão no menisco
O diagnóstico é clínico, com auxílio de manobras específicas para os meniscos lateral e medial e por meio de exames complementares como a ressonância magnética, um exame de imagem que usa campos magnéticos e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do corpo humano.
Toda lesão no menisco precisa de cirurgia?
Nem toda lesão meniscal precisa de cirurgia. As lesões degenerativas são frequentemente tratadas de forma conservadora no momento inicial, mas, a depender do tipo de lesão e da evolução, pode haver indicação de cirurgia.
As intervenções cirúrgicas são mais frequentes nos casos de lesões traumáticas em pessoas jovens e que praticam esporte.
Quanto tempo, em média, demora a recuperação?
A recuperação varia conforme a cirurgia. Os procedimentos mais simples, como o de meniscectomia - quando se remove um pedaço do menisco -, tem recuperação rápida. Já em uma cirurgia de reparo meniscal, por exemplo, a recuperação é mais lenta, podendo chegar a quatro meses.
Formas de tratamento para lesão no menisco
As lesões do menisco podem ser tratadas de forma cirúrgica e não cirúrgica. O tipo de intervenção vai depender do tipo de lesão e do perfil de cada paciente.
A cirurgia consiste na remoção de um pequeno pedaço do menisco ou no seu reparo. Já o tratamento não cirúrgico consiste em repouso e evitar atividades físicas que gerem impacto na região, além do uso de medicações para controle da inflamação e dos sintomas.