Estágios do Alzheimer: quais são e como tratar?

estágios do Alzheimer

Fonte: Diogo Haddad, neurologista especialista em Alzheimer do Hospital Nove de Julho (SP); Livia Avallone, especialista em patologia clínica do Alta Diagnósticos 

 

 

A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que corresponde a cerca de 60% dos diagnósticos de demência no mundo. A condição é progressiva e apresenta diferentes estágios durante sua evolução. Continue a leitura pra entender melhor os sintomas dos estágios do Alzheimer, as formas de tratamento e também os exames que realizam o seu diagnóstico. 

 

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O que é Alzheimer? 

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa do sistema nervoso central em que ocorre uma deposição de proteínas conhecidas como beta-amiloides no cérebro. Isso faz com que as células nervosas (os neurônios) tenham um mau funcionamento, afetando principalmente (mas não só) a área responsável pela memória, pelo pensamento e comportamento. 

A doença é hoje considerada a forma mais comum de demência no mundo, sendo detectada em cerca de 60% a 70% dos casos diagnosticados, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). A causa do Alzheimer ainda não é totalmente conhecida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais. 
 


Quais são os estágios da doença de Alzheimer? 

O Alzheimer é uma doença progressiva e, portanto, vai mudando conforme avança. Geralmente, a doença é dividida em três fases: inicial (leve), moderada e grave (final).  

O que define cada estágio é o grau de funcionalidade do paciente, ou seja, o que ele consegue ou não fazer sozinho e qual o nível de suporte que ele precisa em sua rotina de atividades.  

Alzheimer estágio inicial (leve) 

Os sintomas da doença de Alzheimer em estágio inicial podem ser sutis, como alguns lapsos de memória. É bastante comum que, nessa fase, amigos e familiares atribuam essas alterações ao envelhecimento, o que é um equívoco.  

Hoje, o entendimento médico é que alterações de memória e/ou cognitivas não são causadas pela idade avançada. Por isso, devem ser avaliadas o quanto antes para que o diagnóstico ocorra o mais cedo possível.  

Sintomas de Alzheimer na fase inicial (leve) 

  • Dificuldade para lembrar informações recentes como nomes, datas e compromissos; 

  • Dificuldade para encontrar palavras ou expressar ideias; 

  • Dificuldade para aprender coisas novas; 

  • Mudanças leves de humor ou personalidade. 

Alzheimer estágio moderado 

Conforme a doença avança, os desafios tornam-se mais evidentes e os sintomas passam a interferir na vida diária do indivíduo. Por isso, a assistência e o suporte tornam-se essenciais nesta fase. 

Sintomas de Alzheimer na fase moderada 

  • Dificuldade para realizar tarefas simples como cozinhar, se vestir ou tomar banho; 

  • Dificuldade para se orientar no espaço e no tempo; 

  • Alterações de personalidade e comportamento, como agitação ou agressividade. 

Alzheimer estágio final (grave) 

No estágio mais grave do Alzheimer, o paciente não consegue mais ser independente.  A fala e a mobilidade são afetadas e ele não pode mais ficar sozinho, além de se tornar muito vulnerável. Como é uma doença neurodegenerativa, funções essenciais para o corpo, como respirar, também serão afetadas no estágio final da doença.  

Sintomas de Alzheimer na fase final (grave) 

  • Perda da capacidade de falar; 

  • Dificuldade para deglutir e engolir; 

  • Incontinência urinária e fecal; 

  • Perda da capacidade de andar; 

  • Coma. 

Tratamento para Alzheimer nos diferentes estágios: como é feito? 

O Alzheimer é uma doença que não tem cura, mas existem alguns tratamentos que servem para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.  

Na fase inicial, o médico pode prescrever alguns medicamentos que servem para tornar a progressão da doença mais lenta. Na fase moderada, terapias ocupacionais e comportamentais são incorporadas à rotina. Por fim, no estágio mais grave, o foco está em dar conforto ao paciente e suporte psicológico aos cuidadores e familiares.  

Como o diagnóstico do Alzheimer é feito? 

O diagnóstico da doença de Alzheimer é considerado complexo e deve ser feito por um especialista da área da neurologia. Ele envolve avaliações neuropsicológicas, exames físicos (como ressonância magnética) e testes laboratoriais para descartar outras condições que podem causar sintomas parecidos (como outros tipos de demência).  

Qual é a importância do diagnóstico precoce da doença de Alzheimer? 

O diagnóstico precoce da doença de Alzheimer permite que o tratamento seja iniciado o mais cedo possível. Isso pode ajudar a retardar a progressão da doença, dando mais tempo e qualidade de vida para o paciente. 

Outro ponto importante é que o diagnóstico precoce também auxilia a família e os amigos a se prepararem para as mudanças e desafios que virão com a progressão da doença.  

Testes não invasivo para detecção do risco de Alzheimer 

Recentemente, chegaram ao Brasil dois novos testes não-invasivos para ajudar na detecção precoce da doença de Alzheimer. O primeiro deles é o PET amiloide Florbetabeno (PET-CET com Florbertano-18F), um teste de imagem que mede a carga de placas beta-amiloide, marcador específico que serve para confirmar a doença. 

O exame consiste em aplicar um medicamento minimamente radioativo que se liga às placas beta-amiloides presentes no cérebro, facilitando sua identificação durante a geração de imagens do exame. 

Junto a ele veio também um exame diagnóstico de sangue que avalia as proteínas beta amiloides 42 e 40 no plasma sanguíneo pela metodologia de espectometria de massas. 

Preço e onde fazer 

Para consultar preços, obter mais informações sobre exames e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar o Nav Dasa.

 

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Categoria
Saúde