Diagnóstico avançado da doença de Alzheimer e outras demências
Autora: Dra. Rosa Hasan - neurologista
O diagnóstico da doença de Alzheimer é extremamente importante para esclarecer o processo e as mudanças cognitivas e comportamentais para o paciente e sua família.
Com o diagnóstico, o médico pode, por exemplo, explicar sobre a variabilidade do curso clínico, se há possibilidade de melhora ou estabilidade prolongada e planejar a adaptação às mudanças progressivas, estabelecendo uma relação clínica de confiança.
O QUE CONFIGURA UM QUADRO DE DEMÊNCIA?
Um quadro de demência pode ser caracterizado por declínio cognitivo progressivo, isso significa que pode atingir diretamente a capacidade funcional do indivíduo acometido pela condição.
Há algumas doenças como a demência frontotemporal, por corpos de Lewy, vascular e entre outras, mas a principal e mais comum é a Doença de Alzheimer (DA).
QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS DE DEMÊNCIA?
Os sintomas variam dependendo do tipo de demência e em qual estágio a condição se encontra em cada indivíduo.
Os avaliadores devem estar atentos aos principais indícios que são: mudanças no comportamento, mudanças na personalidade e sintomas psiquiátricos.
O QUE É AVALIADO INICIALMENTE EM UM PACIENTE COM QUEIXA COGNITIVA?
Em uma primeira avaliação de um paciente com queixa cognitiva, recomenda-se seguir quatro elementos essenciais:
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História clínica e exame físico, neurológico e mental;
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Exames laboratoriais para exclusão de causas reversíveis, bem como a avaliação do sono;
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Exame de neuroimagem estrutural, como Ressonância Magnética com sequências 3D volumétricas para estimativa do volume das estruturas mesiais temporais, incluindo os hipocampos;
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Avaliação neuropsicológica.
QUANDO É RECOMENDADO O USO DE RECURSOS MAIS AVANÇADOS PARA O DIAGNÓSTICO DE DOENÇA DE ALZHEIMER?
Em determinados casos, estudos avançados são essenciais para uma maior precisão diagnóstica. Para isso, podem ser solicitados exames de neuroimagem avançados, biomarcadores e testes genéticos. Veja os casos:
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Casos de demências rapidamente progressivas: é quando a condição evolui de forma muito rápida, normalmente em um período menor do que 1 ano ou até em alguns meses.
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Casos de início precoce: quando a doença é diagnosticada em pessoas com menos de 65 anos de idade.
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Em pacientes com comprometimento cognitivo leve: quando há presença de alterações nas baterias cognitivas, porém sem prejudicar o sistema funcional.
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Casos de demência com apresentações atípicas: quando há comprometimentos motores, comportamentais, alucinações e convulsões.
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Dúvida diagnóstica: nesse caso pode-se utilizar recursos avançados para obter uma melhor precisão no diagnóstico.
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