Calendário vacinal Infantil: um guia completo para proteger a saúde das crianças
A vacinação é segura, eficaz e salva vidas. Elaborado com base nas diretrizes da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o calendário vacinal infantil é fundamental para garantir a imunização adequada de crianças contra diversas doenças infecciosas, muitas delas graves e potencialmente fatais.
Siga a leitura e saiba mais sobre a importância do calendário vacinal infantil, os riscos de atrasar as vacinas, os principais imunizantes que devem ser administradas na infância, além das principais diferenças entre o sistema público e o particular.
Qual é a importância da vacinação infantil?
Através das vacinas, é possível prevenir uma série de doenças potencialmente graves e até fatais, como poliomielite, sarampo, coqueluche e meningite.
As vacinas funcionam estimulando o sistema imunológico a reconhecer e combater agentes infecciosos, como vírus e bactérias, sem causar a doença. Ao seguir o calendário vacinal infantil, os pais garantem que seus filhos desenvolvam defesas imunológicas no momento ideal, antes que possam ser expostos a esses patógenos.
Além de prevenirem doenças, as vacinas também podem reduzir a gravidade das mesmas e a necessidade de hospitalização.
A vacinação em massa ainda cria a chamada "imunidade de rebanho", que protege também aqueles que não podem ser vacinados, como bebês muito novos ou indivíduos com condições de saúde que contraindiquem a vacinação.
Por que não devemos atrasar a vacinação infantil?
Atrasar a vacinação infantil pode ter consequências sérias, tanto para a criança quanto para a comunidade como um todo.
Cada vacina no calendário vacinal infantil é programada para ser administrada em um momento específico da vida da criança, quando seu sistema imunológico está mais apto a responder de forma eficaz. Adiar uma vacina pode deixar a criança vulnerável a doenças que poderiam ser facilmente evitadas.
Além disso, o atraso na vacinação pode contribuir para o ressurgimento de doenças que já estavam controladas ou eliminadas. Um exemplo recente é o aumento dos casos de sarampo em várias partes do mundo devido à queda nas taxas de vacinação.
Ou seja, manter o calendário vacinal infantil em dia protege a criança individualmente e previne a disseminação de doenças na população.
Calendário de vacinação infantil: quais vacinas devem ser tomadas na infância?
O Calendário Vacinal Infantil no Brasil é elaborado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e pelo Ministério da Saúde, e inclui uma série de vacinas que são essenciais para a proteção da saúde infantil. Confira a seguir as vacinas recomendadas.
Ao nascer
Dose única
BCG (tuberculose)
1ª dose
Hepatite B
Aos 2 meses
1ª dose
-
Triplice bacteriana: difteria, tétano e coqueluche
-
Haemophilus Influenzae b (meningite)
-
Poliomelite (vírus inativados)
-
Rotavírus
-
Pneumocócica conjugada
2ª dose
Hepatite B
Aos 3 meses
1ª dose
Meningocócica conjugada ACWY ou C
Meningocócica B
Aos 4 meses
Aos 4 meses, o bebê deve receber:
2ª dose:
-
Triplice bacteriana: difteria, tétano e coqueluche
-
Haemophilus Influenzae b (meningite)
-
Poliomelite (vírus inativados)
-
Rotavírus
-
Pneumocócica conjugada
Aos 5 meses
2ª dose
Meningocócica conjugada ACWY ou C
Meningocócica B
Aos 6 meses
3ª dose
-
Triplice bacteriana: difteria, tétano e coqueluche
-
Haemophilus Influenzae b (meningite)
-
Poliomelite (vírus inativados)
-
Rotavírus - são duas ou três doses, dependendo da vacina utilizada
-
Pneumocócica conjugada - são duas ou três doses, dependendo da vacina
-
Hepatite B - são três ou quatro doses, dependendo da vacina
1ª dose
Influenza (gripe) - até os 9 anos, são duas doses com intervalo de um mês (no primeiro ano de vacinação). Após esta idade, somente uma dose anual.
Aos 9 meses
1ª dose
Febre Amarela
Anos 12 meses
Aos completar 1 ano, a criança deve receber:
1ª dose
-
Hepatite A
-
Triplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
-
Varicela (catapora)
Reforço
-
Pneumocócicas conjugadas (entre 12 e 15 meses de vida)
-
Meningocócica ACWY ou C (entre 12 e 15 meses de vida)
-
Meningocócica B (entre 12 e 15 meses de vida)
Aos 15 meses
Reforço
-
Triplice bacteriana: difteria, tétano e coqueluche (entre 15 e 18 meses de vida)
-
Haemophilus Influenzae b (meningite) - entre 15 e 18 meses de vida
-
Poliomelite (vírus inativados) - entre 15 e 18 meses de vida
2ª dose
-
Triplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) - entre 15 e 24 meses
-
Varicela (catapora) - entre 15 e 24 meses
Aos 18 meses
2ª dose
Hepatite A
Aos 4 anos
2ª dose
Febre amarela
Reforço
-
Triplice bacteriana: difteria, tétano e coqueluche (entre 4 e 6 anos)
-
Poliomelite (vírus inativados) - entre 4 a 6 anos
Duas doses com intervalo de 3 meses entre elas
Dengue
Aos 5 anos
Reforço
Meningocócica ACWY ou C – entre 5 e 6 anos de idade
Aos 9 anos
Duas doses
HPV – para meninos e meninas entre 9 e 14 anos
Reforço
Triplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa)
Anticorpo monoclonal específico contra o VSR
A criança deve receber a dose da vacina durante o primeiro período de maior atividade do VSR no primeiro ano de vida. No segundo ano de vida, a vacina é recomendada para crianças que pertencem a grupos de risco durante o período de maior atividade do VSR.
Vale ainda ressaltar que, em breve, estará disponível no Brasil um novo anticorpo monoclonal de longa duração,o Nirsevimabe.
Vacina de Covid-19 infantil
A cada ano, é preciso checar os grupos contemplados e a disponibilidade de vacinas no site do Ministério da Saúde.
Calendário infantil de vacinação particular: quais são as diferenças?
O calendário vacinal particular pode incluir vacinas que não estão disponíveis na rede pública, bem como versões mais recentes ou combinadas de vacinas que oferecem proteção adicional.
Entre as diferenças, podemos destacar:
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Vacina meningite B: não está disponível na rede pública. A meningite B é uma forma grave da doença e a vacinação oferece uma proteção importante.
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Vacinas gripe: nas clínicas particulares, estão disponíveis a trivalente (v3) e a quadrivalente (v4), que protegem contra três e quadro cepas de vírus influenza, respectivamente. Já no sistema público, somente a v3.
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Vacina Poliomelite oral (vírus vivos atenuados): disponível apenas no sistema público e indicada para a faixa entre 1 e 4 anos de idade.
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Vacinas HPV: no SUS é ofertada a vacina HPV4, que protege contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18) e, no particular, a HPV9, que oferece proteção adicional contra cinco tipos extras (31, 33, 45, 52 e 58), totalizando nove tipos.
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Vacina Tríplice Bacteriana: o reforço aos 9 anos só pode ser feito em clínicas e laboratórios particulares.
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Vacina Covid-19: só está disponível no SUS.
Essas diferenças refletem a disponibilidade de vacinas mais novas ou combinadas, que podem oferecer conveniência ou proteção adicional, mas que têm um custo associado. No entanto, é importante lembrar que o calendário do SUS é altamente eficaz e proporciona a proteção necessária para a maioria das crianças.
Vacinação Infantil no Alta Diagnósticos
No Alta Diagnósticos, as famílias contam com profissionais capacitados no atendimento infantil, com cobertura completa de vacinas. Entre os diferenciais do atendimento para os pequenos, podemos destacar:
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Banheiros acessíveis às crianças;
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Macas mais baixas;
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Agulhas mais finas e escalpes mais macios;
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Buzzy, uma abelhinha que vibra no bracinho da criança, ajudando a tirar o foco da picada;
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Bolinhas temáticas que ajudam a bombear o sangue;
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Curativos divertidos;
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"Certificado de coragem";
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Atendimento humanizado e gentil;
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Espaços lúdicos em toda jornada.
A equipe do Alta Diagnósticos ainda oferece a Carteira de Vacinação do Alta, para que você registre nela cada dose aplicada e proteja a saúde do seu pequeno.
Vacinação em casa
Você pode manter o calendário vacinal em dia no conforto do seu lar ou da sua empresa sem custo adicional. Para obter mais informações sobre este serviço e consultar preços, basta acessar nosso canal de agendamento online.
Fonte: Dra. Rosana Richtmann, médica infectologista e consultora de vacinas da Dasa.