Vacina coqueluche deve ser tomada por crianças e adultos
A vacina coqueluche é recomendada a pessoas de todas as idades. Ela é fundamental para fornecer proteção contra a coqueluche, uma doença respiratória altamente contagiosa que pode gerar quadros graves (sobretudo em bebês e crianças).
Na infância, o esquema vacinal completa-se após três doses e dois reforços. Na adolescência, indica-se uma dose de reforço. Na vida adulta, é necessário tomar um reforço a cada 10 anos.
O que é coqueluche?
Coqueluche é uma infecção que atinge o sistema respiratório. Ela é causada pela bactéria Bordetella pertussis, sendo facilmente transmitida pelas gotículas de saliva do indivíduo infectado. Tais gotículas são expelidas pela tosse, pelo espirro e pela fala.
Coqueluche é grave?
A coqueluche pode causar tanto quadros mais brandos como quadros mais graves. Bebês e crianças são os mais suscetíveis à forma grave da doença, que pode levar a uma série de complicações, como pneumonia, problemas respiratórios, desidratação, convulsões e morte.
Apesar de a infecção ser considerada grave e potencialmente letal, grande parte dos pacientes têm boa recuperação. O tratamento envolve a administração de antibióticos, que devem ser prescritos individualmente por um médico.
Se houver suspeita de coqueluche, é fundamental procurar atendimento médico. Assim, o diagnóstico pode ser feito e o tratamento iniciado o quanto antes, aumentando as chances de um bom desfecho clínico.
Quais são os sintomas de coqueluche?
Os sintomas da coqueluche variam de acordo com a gravidade do quadro. Mas, de forma geral, a doença é caracterizada por crises de tosse seca e persistente – daí o nome popular “tosse comprida”.
Em casos mais leves, pode haver:
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Tosse seca;
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Mal-estar;
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Febre baixa;
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Coriza.
Já em casos mais graves, os pacientes podem apresentar:
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Tosse seca, intensa e descontrolada;
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Comprometimento da respiração em decorrência da tosse;
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Vômito ou cansaço como consequência da tosse.
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Sangramentos em conjuntivas e cerebrais.
Por que os casos de coqueluche estão aumentando no Brasil?
A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa, transmitida por gotículas de saliva que se espalham quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala.
O último surto de coqueluche no Brasil aconteceu em 2014, com cerca de 8.500 diagnósticos confirmados. Agora, em 2024, as autoridades estão atentas a um novo crescimento de casos. Em 27 de julho, a Secretaria de Saúde do Paraná confirmou a morte de um bebê de 6 meses pela doença – sendo este o primeiro óbito do tipo no país em 3 anos.
O aumento recente de casos de coqueluche é explicado por fatores como falta de cobertura vacinal adequada e perda de imunidade ao longo do tempo na ausência de reforços vacinais.
Na infância, o esquema vacinal completa-se após três doses (aos 2, 4 e 6 meses) e dois reforços (aos 15 meses e entre 4 e 6 anos). Na adolescência, entre 11 e 12 anos, é preciso administrar uma dose de reforço. Por fim, na vida adulta, é necessário tomar um reforço a cada 10 anos.
Também é fundamental destacar que a imunidade contra coqueluche (tanto aquela adquirida por vacina quanto aquela adquirida após a doença) não é vitalícia: ou seja, ela diminui com o passar do tempo. Por este motivo, adolescentes e adultos devem receber doses de reforço.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os registros atuais mostram a coqueluche justamente em adolescentes. Embora indivíduos dessa faixa etária geralmente não desenvolvam quadros graves, eles funcionam como transmissores, podendo passar a bactéria para os mais vulneráveis. Diante desse cenário, vale a pena conferir se o esquema vacinal – de crianças, adolescentes e adultos – está em dia.
Vacina coqueluche: quem pode tomar?
A vacina coqueluche é a principal forma de prevenir essa doença. Ela é mais conhecida como vacina dTpa ou tríplice bacteriana e, além de proteger contra coqueluche, também atua contra difteria e tétano.
Cabe esclarecer que há uma pequena diferença de grafia. A vacina DTPa está indicada para crianças abaixo de 7 anos de idade. Já a vacina dTpa pode ser administrada a partir dos 3 anos e contém quantidades menores de toxoide diftérico (por isso, o “d” minúsculo) e dos componentes da vacina coqueluche acelular (por isso, o “p” minúsculo, de pertussis). A quantidade de toxoide tetânico é sempre igual (por isso, o “T” maiusculo).
A vacina coqueluche é recomendada a todos, seguindo um esquema que varia conforme o perfil do indivíduo:
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2, 4 e 6 meses: doses da vacina DTPa administradas nas vacinas pentavalente e hexavalente;
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15 meses: dose de reforço da vacina DTPa administrada na vacina pentavalente;
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4 a 6 anos: dose de reforço da vacina DTPa administrada com a vacina poliomielite inativada;
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Adolescentes (11 a 12 anos): dose de reforço da vacina dTpa;
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Adultos: doses de reforço da vacina dTpa a cada 10 anos;
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Gestantes: uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gravidez.
Vale ressaltar que a vacinação de gestantes é de extrema importância, pois ajuda a proteger o bebê – especialmente nos primeiros meses de vida, quando ele ainda não está totalmente imunizado. A vacina dTpa deve ser tomada por gestantes a cada gravidez.
Estratégia de casulo: como é feita e por que é importante?
A estratégia de casulo é uma maneira de evitar a coqueluche em recém-nascidos e garantir o bem-estar dos pequenos. Para tal, todos os adultos que convivem com o bebê precisam estar com o esquema vacinal em dia.
A mãe deve receber uma dose da vacina dTpa ainda durante a gravidez, a partir da 20ª semana de gestação, para que transmita anticorpos ao filho. As demais pessoas que ficarão próximas do bebê também devem estar imunizadas – lembrando que, para adultos, recomenda-se uma dose de dTpa a cada 10 anos.
É fundamental proteger os bebês do contágio, sobretudo porque os menores de 6 meses são os mais vulneráveis a complicações graves da coqueluche.
Quais são as possíveis reações da vacina coqueluche?
As reações mais frequentes à vacina tríplice bacteriana (que contém o componente da coqueluche) são:
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Dor, vermelhidão e inchaço no local da injeção;
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Febre baixa;
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Irritabilidade;
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Sonolência;
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Perda de apetite.
Essas manifestações tendem a ser leves e transitórias. A vacina é segura e eficaz, sendo normal haver reações brandas, pois trata-se de uma ferramenta que está estimulando o sistema imunológico.
Preço e onde tomar?
Para obter mais informações sobre onde tomar a vacina coqueluche em São Paulo ou no Rio de Janeiro, consultar preços e localizar a unidade do Alta mais próxima da sua região, basta acessar nossa plataforma de agendamentos online.
Fonte: Dra. Maria Isabel de Moraes-Pinto, infectopediatra e médica consultora em vacinas da Dasa.