Refluxo gastroesofágico: causas, sintomas e diagnóstico
Autora: Vanessa Prado - médica especialista em cirurgia do aparelho digestivo
Sensação de queimação e azia no estômago: esses são os sintomas mais comuns de quem sofre com o refluxo gastroesofágico, um problema que acomete cerca de 25,2 milhões de brasileiros (ou 12% da população), de acordo com o CBCD (Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva).
Esse problema ocorre quando o conteúdo do estômago reflui para o esôfago, machucando a mucosa e provocando desconforto. Continue a leitura para saber mais sobre as causas e os tratamentos dessa condição.
O que é refluxo gastroesofágico?
Refluxo gastroesofágico, ou popularmente chamado apenas de “refluxo”, é a regurgitação (retorno) do conteúdo do estômago para o esôfago, provocando queimação e desconforto e até problemas mais sérios, como engasgos.
O que pode causar o refluxo?
O refluxo pode ser provocado por questões simples como:
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Inflamação do estômago (gastrite), gerando uma digestão inadequada;
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Obesidade;
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Excesso de alimentação;
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Roupas apertadas;
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Tabagismo.
Já o refluxo patológico, ou seja, com causas biológicas, pode ser provocado pelas seguintes condições:
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Frouxidão do músculo final do esôfago, o esfíncter esofágico;
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Hérnia de hiato;
Quais os sintomas de refluxo gastroesofágico?
Os sintomas mais comuns do refluxo são:
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Azia;
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Queimação;
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Dor e queimação no peito (não cardíaca);
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Sensação de “bolo” na garganta;
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Rouquidão;
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Tosse persistente;
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Engasgos frequentes;
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Sinusite de repetição.
Como prevenir o refluxo gastroesofágico?
Em muitos casos, é possível prevenir o refluxo com a mudança de hábitos. Confira alguns exemplos a seguir.
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Mastigue bem os alimentos;
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Coma de forma lenta e consciente;
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Alimente-se a cada duas ou três horas em pequenas porções;
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Evite comer e dormir em seguida;
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Caso tenha diagnóstico de refluxo patológico, elevar a cama em 45° para dormir;
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Evite beber chás, café, refrigerantes, bebidas alcoólicas e chocolate em excesso;
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Pare de fumar;
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Faça o controle de peso e mantenha uma rotina regular de atividade física;
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Evite consumir alimentos ácidos, frituras e fast-foods em excesso.
Como é o diagnóstico?
A partir do relato do paciente, o médico pode pedir a realização de uma endoscopia, exame que irá avaliar o trato digestivo do paciente. Pode ser que ele ainda peça um raio-X contrastado (chamado de EED) e uma phmetria para avaliar a acidez do esôfago.
Com esses exames, é possível realizar a investigação completa do refluxo.
Quando a endoscopia é necessária?
A endoscopia é um dos principais exames para avaliar os problemas no trato digestivo do paciente.
Quando há relato de sintomas como estufamento, regurgitação, muitos arrotos durante o dia, queimação na garganta e regurgitação durante o sono, ele é considerado um exame necessário para a investigação do problema.
Como é o tratamento para refluxo?
O tratamento inicial é clínico, ou seja, o paciente é orientado a usar medicamentos específicos para a melhora da inflamação das mucosas do estômago e do esôfago (gastrite e esofagite).
Se o problema persistir, é importante voltar ao consultório para realizar uma investigação mais profunda e, em último caso, é recomendada a cirurgia para correção do refluxo.