Pubalgia: conheça as causas, sintomas e como tratar
A pubalgia é uma síndrome que causa dor e geralmente acomete pessoas que praticam esportes como o futebol. Ela pode ser tratada por meio da fisioterapia, com o auxílio de analgésicos. A seguir, veja mais detalhes sobre essa condição.
Pubalgia: o que é?
A pubalgia é uma dor na região anterior da bacia, na altura do púbis.
O que causa a pubalgia
A pubalgia é consequência de um processo inflamatório crônico – ou seja, que se instala e progride lentamente.
O principal fator que causa essa condição é o desequilíbrio de forças entre o músculo reto abdominal (mais enfraquecido) e os músculos adutores da coxa (mais fortalecidos).
Isso é comum em esportes como o futebol, por exemplo, quando não há o cuidado de treinar os músculos abdominais adequadamente. Assim, o movimento do chute trabalha os adutores da coxa, mas o músculo reto abdominal fica enfraquecido.
Sintomas de pubalgia
O principal sintoma da pubalgia é a dor na região da sínfise púbica, uma articulação que fica na parte anterior da bacia.
Esse desconforto pode aumentar quando ocorre:
- Palpação;
- Pressão;
- Contração dos músculos reto abdominal e adutores da coxa contra resistência.
Como é o diagnóstico de pubalgia?
O diagnóstico da pubalgia é basicamente clínico, feito a partir de uma avaliação física do paciente.
Também há exames de imagem que podem ser importantes nesse processo, incluindo:
- Raio X, para identificar osteófitos (“bicos de papagaio”) e cistos ósseos na sínfise púbica;
- Ressonância magnética, para avaliar alterações dos tendões, dos músculos e da sínfise púbica.
Tanto o raio X como a ressonância magnética auxiliam no tratamento e no prognóstico do caso, além de serem úteis para diferenciar quadros de pubalgia e de hérnia inguinal.
Tratamento para a pubalgia
A principal forma de tratamento para pubalgia consiste em compensar a força muscular entre o reto abdominal e os adutores da coxa de ambos os membros (não somente do acometido). Para isso, é fundamental trabalhar o core em sessões de fisioterapia orientadas.
Também podem ser utilizadas medicações analgésicas, que são capazes de amenizar desconfortos – mas não interferem diretamente na cura da doença.
Essa abordagem conservadora deve ser tentada por pelo menos 6 meses.
Quando a cirurgia é indicada?
A intervenção cirúrgica não é amplamente indicada para casos de pubalgia. Ela é uma exceção, recomendada apenas em casos específicos nos quais há falha do tratamento conservador após 6 meses.
Na cirurgia para pubalgia, o cirurgião faz a tenotomia (corte nos tendões) dos músculos envolvidos e trata a degeneração da sínfise púbica.
Depois, o paciente também deve aderir ao tratamento conservador para sua recuperação pós-operatória. Isso significa compensar a força muscular entre o reto abdominal e os adutores da coxa, além de readaptar gestos esportivos e o volume de treino responsáveis por desencadear a pubalgia.
Fonte: Dr. Ricardo Munir Nahas