Pressão Alta: causas, sintomas e tratamento

A pressão alta, também conhecida como hipertensão arterial, é uma condição crônica que afeta 1 bilhão de pessoas no mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Ela se caracteriza por um aumento persistente da força com que o sangue pressiona as paredes das artérias. Embora muitas vezes silenciosa, a pressão alta pode trazer graves consequências à saúde se não for devidamente controlada.

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O que é pressão alta?

Hipertensão arterial (ou pressão alta) é uma doença crônica em que a pressão do sangue nas artérias está constantemente elevada por um longo período. Isso pode acontecer devido a diversos fatores, como histórico familiar, estilo de vida e outras condições de saúde.

A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e o número obtido representa a pressão necessária para o coração bombear o sangue para as artérias. A pressão normal seria até 120/80 mmHg, sendo 120 a máxima (ou sistólica) e 80 a mínima (ou diastólica). A Sociedade Brasileira de Cardiologia já considera uma pressão de 130/80 mmHg (ou 13/8 mmHg) como acima do normal, ou seja, alta.

Quais são as causas da pressão alta?

As causas da pressão alta podem ser divididas em dois grupos principais:

Fatores de risco modificáveis: são aqueles que podem ser controlados através de mudanças no estilo de vida, como:

Sedentarismo;
Dieta rica em sal, gorduras saturadas e colesterol;
Excesso de peso ou obesidade;
Consumo excessivo de álcool;
Fumo;
Estresse.

Fatores de risco não modificáveis: são aqueles que não podem ser alterados, como:

Idade: o risco de pressão alta aumenta com a idade;
Histórico familiar: ter parentes próximos com hipertensão aumenta o risco de desenvolver a doença;
Sexo: homens são mais propensos a desenvolver pressão alta do que mulheres antes dos 65 anos;
Etnia: negros e hispânicos têm maior risco de pressão alta do que brancos;
Doenças crônicas: diabetes, doenças renais, doenças cardíacas e apneia do sono podem aumentar o risco de pressão alta.

Quais são os sintomas de pressão alta?

Na maioria dos casos, a pressão alta não apresenta sintomas, o que a torna ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que a pressão está elevada, como:

Dor de cabeça;
Tontura;
Zumbido no ouvido;
Cansaço;
Náuseas;
Visão turva;
Sangramento nasal.

É importante lembrar que a ausência de sintomas não significa que a pressão alta não esteja presente. Por isso, quem apresenta fatores de risco deveria procurar orientação médica. A consulta regular com medição da pressão arterial é fundamental para o diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Diagnóstico da hipertensão: como saber se tenho pressão alta?

Existem várias maneiras de medir a pressão arterial, cada uma com suas vantagens e utilidades específicas.

Mapa 24 horas

O MAPA é o exame que mede a pressão arterial a intervalos programados, habitualmente a cada 20 minutos, durante 24 horas, na vigília enquanto o paciente realiza suas atividades habituais e durante o sono.

Os dados são posteriormente analisados por um profissional de saúde para avaliar os padrões de pressão arterial do paciente. O exame de Mapa 24 horas é útil para avaliar a variação da pressão arterial e identificar possíveis padrões, como hipertensão noturna ou efeito jaleco branco (aumento da pressão arterial no consultório médico).

Como medir a pressão em casa?

Medir a pressão arterial em casa é uma prática útil para monitorar os níveis entre consultas médicas. Dispositivos automáticos de medição de pressão arterial estão amplamente disponíveis e são fáceis de usar.

Na medição manual, um manguito é envolto ao redor do braço e inflado até um certo nível. Em seguida, o ar é liberado gradualmente enquanto o indivíduo monitora os batimentos cardíacos com o estetoscópio. As leituras sistólica (pressão máxima) e diastólica (pressão mínima) são registradas quando os batimentos cardíacos são ouvidos.

Já no dispositivo automático, há um manguito inflável e uma unidade de exibição digital. O manguito é colocado no braço, e o dispositivo é ativado para inflar e medir automaticamente a pressão arterial. Os resultados são exibidos digitalmente em uma tela.

A verificação da pressão arterial também é um exame fundamental no check-up anual, junto com outros exames importantes para avaliar a saúde geral.

Quais são os riscos para quem tem pressão alta?

A pressão alta não controlada pode trazer diversos riscos à saúde, como:

Doenças cardíacas, como infarto do miocárdio, angina, insuficiência cardíaca e arritmias cardíacas.

Acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico (causado por obstrução de um vaso sanguíneo) ou hemorrágico (causado por rompimento de um vaso sanguíneo).
Insuficiência renal crônica.
Doença arterial periférica: estreitamento das artérias que irrigam as pernas e os pés, podendo levar à dor, claudicação (dificuldade para caminhar) e até mesmo à gangrena.
Retinopatia hipertensiva, que pode levar à perda de visão.
Demência: a pressão alta é um dos principais fatores de risco para a demência vascular, que é a segunda causa mais comum de demência após a doença de Alzheimer.

Hipertensão na gravidez: riscos e tratamento

A pressão alta durante a gravidez, também conhecida como pré-eclâmpsia, é uma condição séria que pode afetar tanto a saúde da mãe quanto do bebê. Os sintomas da pré-eclâmpsia incluem pressão alta, proteinúria (proteína na urina), inchaço facial e nas mãos, dor de cabeça, alterações na visão e dor abdominal superior.

Se não for tratada adequadamente, a pré-eclâmpsia pode levar a complicações graves, como:

Descolamento prematuro da placenta;
Eclâmpsia (convulsões durante a gravidez);
Síndrome HELLP (hemólise, elevação das enzimas hepáticas e baixa contagem de plaquetas);
Parto prematuro;
Restrição do crescimento fetal;
Morte do feto ou da mãe.

Esta é uma das razões pelas quais o pré-natal é tão importante na gravidez. Nesse acompanhamento, o obstetra pode identificar o problema e conduzir o tratamento de acordo com a gravidade da condição.

Em casos leves, o tratamento pode incluir repouso, mudanças na dieta e monitoramento frequente da pressão arterial. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos para baixar a pressão arterial.

Qual médico procurar?

O médico responsável pelo tratamento da pressão alta é o clínico geral ou o cardiologista. No entanto, outros profissionais de saúde também podem estar envolvidos no cuidado do paciente, como nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas.

Como é feito o tratamento para hipertensão arterial?

O tratamento da pressão alta geralmente envolve uma combinação de mudanças no estilo de vida e medicamentos.

Mudanças no estilo de vida que podem ajudar a controlar a pressão alta incluem:

Perda de peso, se necessário;
Dieta saudável, rica em frutas, legumes, grãos integrais e pobre em sal, gorduras saturadas e colesterol;
Prática regular de atividade física;
Redução do consumo de álcool;
Parar de fumar;
Controle do estresse.

Medicamentos para pressão alta podem ser prescritos pelo médico se as mudanças no estilo de vida não forem suficientes para controlar a pressão arterial. Existem diversos tipos de medicamentos para pressão alta, e o médico escolherá o mais adequado para cada paciente.

É importante lembrar que o tratamento da pressão alta é geralmente para toda a vida. O paciente deve seguir as orientações médicas e tomar os medicamentos conforme prescrito, mesmo que se sinta bem. Isso porque a hipertensão é uma doença silenciosa, e pode se manifestar já com complicações, como o AVC, por exemplo.