Pet Scan: o que é, para que serve e como é feito o exame

Autor: Dr. Dalton dos Anjos, coordenador de Medicina Nuclear e PET-CT da Dasa

O PET-CT é uma ferramenta valiosa tanto no diagnóstico inicial quanto no monitoramento da evolução do câncer e na resposta ao tratamento, ajudando na tomada de decisões clínicas e no planejamento terapêutico.

O que é PET-CT ou Pet Scan?

O PET-CT, também conhecido como PET-SCAN, é um tipo de exame de imagem médica que utiliza a tecnologia de tomografia por emissão de pósitrons (PET, do inglês Positron Emission Tomography).

No PET-CT, radiofármacos injetados na veia do paciente se ligam a tumores e emitem sinais radioativos captados pelo exame para formar imagens detalhadas.

Este processo permite a visualização de atividades metabólicas ou funcionais de tecidos e órgãos, oferecendo detalhes sobre a função celular e molecular.

Para que serve o PET-CT?

Geralmente, o PET-CT serve principalmente para a detecção de câncer e acompanhamento da doença.

Radiofármacos específicos injetados no paciente se ligam a tumores e emitem sinais radioativos que são usados na formação de imagens detalhadas.

Estas imagens permitem identificar a presença de tumores, avaliar se o câncer se espalhou formando metástases e, consequentemente, auxiliar na definição da estratégia de tratamento mais adequada.

Além disso, o exame também é utilizado em outras áreas da medicina. Na cardiologia, por exemplo, é usado para identificar infecções como a endocardite, infecção do revestimento interno do coração.

Já na neurologia, o PET-CT é usado no diagnóstico de condições como o Alzheimer, entre outras demências, pela sua capacidade de mapear a atividade cerebral e detectar alterações específicas relacionadas a essas doenças.

PET-CT pode dar falso positivo?

Sim, o PET-CT pode dar falso positivo. Isso significa que, em algumas situações, o exame pode indicar erroneamente a presença de um tumor cancerígeno.

Entre as causas mais comuns de falso positivo no exame, especialmente no contexto oncológico, estão as infecções e inflamações.

Isso ocorre porque as células envolvidas em processos inflamatórios também consomem uma quantidade significativa de açúcar (FDG, um açúcar marcado com flúor-18 usado no PET-CT), semelhante às células cancerosas, o que pode resultar em imagens que parecem indicar câncer quando, na verdade, representam uma infecção ou inflamação.

Um exemplo de uma condição que pode causar um falso positivo no PET-CT é a tuberculose, doença bacteriana infecciosa que afeta principalmente os pulmões.

Além disso, alguns tumores benignos também podem "brilhar" no exame, contribuindo para o risco de resultados falsamente positivos.

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Quando o exame PET-CT é indicado?

Primeiramente, é importante explicar que existem vários tipos de PET-CT, que podem ser indicados em diversas situações diferentes.

Especialmente no contexto oncológico, ou seja, para pacientes com diagnóstico ou suspeita de câncer, sua principal indicação é para os seguintes casos:

Confirmar a presença do câncer;
Determinar se o câncer está localizado apenas na região inicialmente identificada ou se espalhou para outras partes do corpo (metástase);
Avaliar a extensão da doença.

Além disso, o PET-CT é crucial para o acompanhamento e avaliação da resposta ao tratamento.

Em outras palavras, após o diagnóstico de câncer pelo oncologista, um PET-CT é realizado no paciente antes do início de qualquer tratamento, como quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia.

Depois, ao longo do tratamento ou após sua conclusão, um novo exame é feito para avaliar a eficácia da terapia aplicada.

Este passo é crucial para determinar se o tratamento alcançou o resultado esperado, seja pela redução ou pela eliminação total dos tumores.

Como o PET Scan oncológico é feito?

Primeiramente, realiza-se uma punção venosa para injetar no paciente um composto especial chamado FDG (fluorodesoxiglicose), que é um análogo da glicose marcado com flúor-18, uma partícula radioativa.

Após a injeção, esse composto radioativo se espalha pelo corpo, distribuindo-se e sendo absorvido por diferentes tecidos.

As lesões malignas, como o linfoma (câncer no sistema linfático), têm uma alta taxa de consumo de açúcar, fazendo com que absorvam uma quantidade significativa de FDG.

Isso resulta em uma maior emissão de sinal radioativo dessas áreas, permitindo que elas se destaquem e "brilhem" nas imagens geradas pelo PET-CT, tornando o resultado positivo.

Desta forma, o exame possibilita a identificação e localização de neoplasias malignas no corpo, evidenciando as áreas com maior atividade metabólica, que são indicativas de câncer.

Preparação para o exame

A preparação para o exame envolve:

Jejum: manter um jejum de no mínimo 6 horas antes do exame.
Dieta: na véspera do exame, é recomendado seguir uma dieta com baixo teor de carboidratos.
Vestuário: no dia do exame, estar bem agasalhado para maior conforto durante o procedimento.

Vale destacar que o exame não é recomendado para pacientes grávidas. Portanto, se houver suspeita de gravidez ou atraso menstrual, um teste de gravidez rápido é realizado para descartar a gravidez, devido aos riscos potenciais associados à exposição à radiação para o feto.

Quais são os efeitos colaterais do exame Pet Scan?

O exame não produz efeitos colaterais devido aos radiofármacos utilizados, os quais são projetados para não causar nenhum efeito adverso.

Contudo, é importante saber que o PET-CT envolve a exposição a uma pequena quantidade de radiação.

Embora a dose de radiação seja considerada baixa para um único exame, existe uma preocupação com o acúmulo de radiação no corpo se exames desse tipo forem realizados frequentemente ao longo da vida.

Este acúmulo pode levar a efeitos indesejados no longo prazo.

PET-CT: preço e onde fazer?

O PET-CT está disponível tanto na rede pública quanto na privada. Para consultar preços, obter mais informações sobre o exame e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar o Nav Dasa.