Linfonodos (gânglios linfáticos): o que são e quando procurar por um médico

linfonodos

Autora: Dra. Maria Cristina Chammas, médica radiologista coordenadora do setor de ultrassonografia da Dasa e diretora médica do Alta Excelência Diagnóstica

Existem centenas de linfonodos espalhados pelo corpo humano. Essas estruturas também são chamadas de gânglios linfáticos e pertencem ao sistema linfático. 

Elas têm um papel importante na defesa do organismo, podendo aumentar de tamanho durante processos inflamatórios, infecciosos e tumorais. 

 

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O que é o sistema linfático? 

O sistema linfático é um conjunto de órgãos, tecidos e vasos que fazem parte do sistema imunológico. Ele é composto por estruturas como a medula óssea, o timo, os linfonodos e os vasos linfáticos. 

Linfonodos: o que são?  

Os linfonodos são pequenas estruturas em formato de feijão que ajudam na defesa do organismo contra algum agente agressor — que pode ser uma infecção, uma inflamação ou um tumor. 

Eles são responsáveis pela limpeza de células desestruturadas, células tumorais e agentes agressores ao organismo humano. 

Em quais regiões do corpo temos linfonodos?  

Os linfonodos estão espalhados pelo corpo inteiro, havendo maior concentração nas seguintes regiões: 

  • Pescoço; 
  • Axilas; 
  • Virilha.

Nesses locais, os linfonodos são superficiais e podem ser percebidos quando se apresentam aumentados.  

Nos demais locais do corpo, como tórax e abdome, eles são profundos e só são observados por métodos diagnósticos por imagem. 

O que pode causar inchaço dos linfonodos? 

Os linfonodos aumentam de tamanho quando reagem a algum agente agressor. 

Processos infecciosos ou inflamatórios podem fazer com que os linfonodos fiquem inchados. Isso ocorre principalmente em quadros como: 

  • Resfriado; 
  • Tonsilite (amigdalite); 
  • Faringite estreptocócica; 
  • Mononucleose. 

Também há outras condições que podem gerar inchaço dos linfonodos, como: 

  • Infecção por HIV
  • Lúpus eritematoso sistêmico; 
  • Artrite reumatoide; 
  • Câncer. 

No entanto, essas condições são menos frequentes do que as causas primeiramente citadas, uma vez que uma simples virose basta para ativar as defesas do organismo e, consequentemente, aumentar os linfonodos. 

Também vale ressaltar que nem todo linfonodo aumentado está associado a doenças. É possível que os linfonodos fiquem inchados após a aplicação de vacinas, por exemplo. 

Em outras situações, o indivíduo pode permanecer com os linfonodos inchados mesmo depois da resolução do processo que levou ao seu aumento. 

 

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Linfonodos inchados: características 

Geralmente, o aumento dos linfonodos é percebido em regiões como pescoço, axilas ou na virilha. 

Além de inchados, é possível que os gânglios linfáticos fiquem mais sensíveis e doloridos ao toque. 

A depender da doença em questão, os pacientes podem apresentar outros sintomas. Conforme explicado anteriormente, processos infecciosos ou inflamatórios (como gripes, resfriados e viroses) são causas muito comuns de aumento dos linfonodos. 

Sendo assim, o inchaço dessas estruturas pode ser acompanhado por dor de garganta, tosse, febre ou coriza, por exemplo. 

Quando procurar um médico 

Toda vez que se percebe qualquer caroço aumentado no corpo deve-se investigar o que é e qual a sua natureza. Entre as causas desses caroços, encontram-se os linfonodos. 

Na maioria das vezes, o inchaço dos linfonodos está atrelado a uma reação inflamatória (ou seja, um processo benigno). 

Em gripes e resfriados, é comum haver aumento dos linfonodos. Nessas situações, os linfonodos diminuem após um certo tempo, não sendo necessário procurar um médico. 

Por outro lado, é preciso buscar avaliação especializada quando a causa do inchaço dos linfonodos não for identificada.  

Se o indivíduo, sem nenhuma razão aparente, sentir um caroço aumentado, endurecido e sem mobilidade (que permanece fixo apesar das tentativas de movimentação), é fundamental consultar um médico. 

 

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Como é feito o diagnóstico 

Para investigar quadros de linfonodos inchados e identificar a causa, geralmente é necessário coletar informações sobre os sintomas e o histórico clínico do paciente, realizar uma avaliação física e fazer outros exames que apoiem o diagnóstico. 

Entre os procedimentos que podem ser solicitados nessas situações, estão: 

  • Ultrassonografia; 
  • Exames de sangue; 
  • Punção do linfonodo por agulha fina. 

Tratamento 

O tratamento varia de acordo com a condição responsável pelo aumento dos linfonodos. 

Há casos mais simples (de resfriados, por exemplo) nos quais o organismo consegue combater o problema sozinho, fazendo o caroço inchado sumir. Por outro lado, também há casos em que pode ser necessário um tratamento específico. 

 

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Categoria
Saúde