Insônia: o que é, causas e tratamentos
A insônia é caracterizada pela dificuldade em começar a dormir ou em permanecer dormindo durante a noite. As causas variam e, se não tratada adequadamente, afeta o descanso e a recuperação do corpo, prejudicando a saúde de forma geral. Continue a leitura para descobrir como é feito o diagnóstico da insônia e as formas de tratamento.
O que é insônia?
A insônia pode ser definida como a dificuldade em iniciar ou manter o sono, o que resulta em um descanso inadequado para o corpo.
Esse problema pode ser classificado como agudo, quando persiste por menos de três meses, ou crônico, quando se prolonga para além desse período e se estabelece como um padrão na rotina do indivíduo.
O que pode causar insônia?
As causas da insônia estão relacionadas a diferentes aspectos da vida do indivíduo. Veja abaixo alguns dos fatores que aumentam o risco de desenvolver a condição:
- Fatores psicológicos, como estresse, ansiedade, depressão, traumas emocionais e preocupações constantes.
- Fatores físicos, como dor crônica e condições médicas como apneia do sono, refluxo gastroesofágico, hipertireoidismo, além do uso de alguns medicamentos.
- Hábitos inadequados, como manter horários irregulares para dormir e acordar, fazer cochilos durante o dia, se expor a telas antes de dormir e consumir cafeína e álcool à noite.
- Fatores ambientais, como a exposição a ruídos excessivos, iluminação inadequada e temperatura desconfortável no ambiente de dormir.
Insônia na gravidez
A insônia durante a gravidez é comum, principalmente durante o final da gestação. Isso ocorre devido a mudanças hormonais que afetam o padrão de sono, tornando mais difícil para a mulher adormecer e permanecer dormindo.
Além disso, o aumento do útero provoca desconforto físico, azia, dores nas costas, cãibras nas pernas e necessidade frequente de urinar. Portanto, a gestante sente maior dificuldade para dormir.
É comum também que a mulher fique mais ansiosa e preocupada, o que afeta o relaxamento. Por fim, no final da gravidez, o bebê realiza movimentos com maior intensidade, o que pode acordar a futura mãe e dificultar o sono.
Quais são os sintomas de insônia?
Além da dificuldade inicial em adormecer (levando mais de 30 minutos), os sintomas da insônia incluem:
- Acordar repetidamente durante a noite;
- Dificuldade para retomar o sono após acordar;
- Sensação de cansaço ao despertar;
- Sonolência durante o dia;
- Fadiga;
- Irritabilidade e variações de humor;
- Dificuldade de concentração.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da insônia é realizado após a avaliação dos sintomas relatados pelo paciente e dos padrões de sono.
Geralmente, são solicitados exames complementares, como exames de sangue, para descartar outras condições e checar os níveis hormonais.
Além disso, a polissonografia pode ser indicada para detectar apneia do sono ou outros distúrbios que atrapalhem o descanso.
Em casos de insônia crônica associada a problemas emocionais, como ansiedade ou depressão, uma avaliação psicológica costuma ser recomendada para averiguar o impacto desses fatores no sono do indivíduo.
Como é feito o tratamento para insônia?
O tratamento da insônia varia conforme a causa e a gravidade do problema. As abordagens terapêuticas incluem:
- Terapia cognitivo-comportamental para identificar e modificar pensamentos e atitudes que causam insônia.
- Utilização de remédios receitados por médicos, tais como melatonina e indutores do sono, benzodiazepínicos e não benzodiazepínicos hipnóticos.
- Realizar a higiene do sono. É importante manter horários regulares para dormir e acordar, evitar cochilos prolongados durante o dia, restringir o uso de telas próximas ao horário de dormir e investir em um ambiente relaxante para adormecer.
- Práticas de relaxamento, incluindo ioga, meditação e exercícios de respiração são eficazes para reduzir o estresse e promover o relaxamento do corpo.
Qual médico procurar?
Em caso de insônia, o médico do sono ou neurologista com foco em distúrbios do sono é o especialista mais indicado para diagnosticar e tratar a condição.
Fonte: Dra. Rosa Hasan, neurologista do Alta Diagnósticos.