Difteria: sintomas, prevenção e tratamento
Autora: Gloria Selegatto - médica infectologista
A difteria, conhecida também como crupe, é uma doença respiratória bastante transmissível, que afeta diversas partes do corpo — principalmente as amígdalas, a laringe e as mucosas.
Transmitida pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, é mais comum em crianças, mas também pode acometer adultos que não foram imunizados.
A melhor forma de prevenção da difteria é manter a vacinação em dia.
A seguir, veja detalhes sobre como ocorre a transmissão da difteria, sintomas e formas de tratamento.
O que é difteria?
A difteria é uma doença transmissível causada por uma bactéria conhecida como Corynebacterium diphtheriae. Geralmente, atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz. E, em alguns casos, afeta a pele e as mucosas.
De forma geral, surgem placas na cor branco-acinzentada nas amígdalas, que podem prejudicar a respiração.
A doença costuma afetar pessoas de todas as faixas etárias, que não foram imunizadas. Portanto, a melhor forma de prevenção é por meio da vacina dTpa.
Como a difteria é transmitida?
A transmissão da difteria acontece por meio da tosse, espirro ou ao falar perto de pessoas contaminadas. Dessa forma, a bactéria é transmitida pelo contato direto do indivíduo doente por meio de gotículas de saliva.
Além disso, em casos mais raros, a transmissão acontece por meio do contato com objetos que absorvem e transportam as bactérias.
Geralmente, o tempo em que os sintomas começam a aparecer desde a infecção é de um a seis dias. Já a transmissibilidade da doença dura, em média, até duas semanas após o início dos sintomas.
Quais são os sintomas?
Entre os principais sintomas da difteria, estão:
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Placas grossas e acinzentadas, que cobrem as amígdalas e outras estruturas próximas à garganta;
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Dor de garganta.
Além disso, podem surgir:
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Gânglios inchados no pescoço;
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Dificuldade em respirar;
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Palidez;
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Febre;
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Corrimento nasal;
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Manchas avermelhadas na pele;
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Mal-estar.
Como prevenir a difteria?
A vacinação é o principal meio de controle e prevenção da difteria.
Portanto, a recomendação é manter o esquema vacinal de crianças, adolescentes e adultos sempre atualizado.
Como é o tratamento?
O tratamento da difteria é realizado em casos graves e consiste na administração do soro antidiftérico (em regime de internação) e de antibióticos específicos.
Pessoas que tiveram contato próximo com casos confirmados devem ser avaliados para verificar o surgimento de sintomas. Podem ser recomendadas medicações preventivas e atualização vacinal.