Vacina febre amarela: agende agora
Embora muitos não pensem nela no dia a dia, a febre amarela é uma doença que ainda circula no Brasil e é considerada endêmica em 47 países. E por isso a vacina febre amarela segue no calendário que deve ser mantido em dia.
O vírus é transmitido pela picada de mosquitos infectados e a infecção pode ser pouco sintomática. No entanto, quando se manifesta, varia de sintomas leves (como uma gripe) até quadros graves e, algumas vezes, fatais.
Vacina febre amarela: quem deve tomar?
Todas as pessoas a partir dos 9 meses de idade devem tomar a vacina febre amarela, que é indicada em todo o território nacional.
Para viagens internacionais, se o país de destino exige o certificado internacional de vacinação para febre amarela, o comprovante deve ser emitido via internet, devendo a vacina ser administrada pelo menos 10 dias antes da viagem.
Para que serve a vacina febre amarela?
A vacina serve para proteger o organismo contra o vírus da febre amarela, sendo esta a melhor forma de prevenção contra a doença.
O imunizante contém o vírus atenuado, ou seja, muito enfraquecido e incapaz de causar a doença em pessoas saudáveis. Ao receber a vacina, o sistema imunológico desenvolve anticorpos. E se, no futuro, a pessoa for picada por um mosquito infectado, ela terá defesas para neutralizar o vírus.
Isso impede que a infecção se instale e evita o desenvolvimento da doença.
Onde tomar vacina da febre amarela?
A vacina está disponível tanto na rede pública de saúde quanto na rede privada. Na pública (SUS), ela é gratuita e oferecida em Unidades Básicas de Saúde (UBS), fazendo parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Na rede privada, laboratórios como o Alta Diagnósticos também oferecem o imunizante. Ambas as vacinas são seguras, eficazes e produzidas com a mesma tecnologia de vírus vivo atenuado.
Vacina febre amarela tem validade?
Não mais. A vacina febre amarela, uma vez aplicada, é considerada válida para a vida inteira, conforme a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS). Antigamente, um reforço era recomendado a cada 10 anos. Porém, estudos comprovaram que uma dose única é suficiente para garantir a imunidade por toda a vida.
Essa mudança é muito importante para viajantes. O Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) contra a febre amarela, mesmo os emitidos há mais de 10 anos, agora são aceitos como vitalícios. Você só precisa tirá-lo uma vez.
Vacina febre amarela causa reação?
Sim, como qualquer vacina ou medicamento, ela pode causar eventos pós-imunização. Mas, na grande maioria das pessoas, as reações são leves ou nem acontecem.
Os eventos adversos mais comuns costumam ser locais, como dor, vermelhidão ou inchaço no local da injeção. Algumas pessoas podem ter febre baixa, dor de cabeça ou dores musculares na segunda semana após a vacinação – sintomas que costumam desaparecer sozinhos.
Existem reações graves, mas elas são extremamente raras. Elas estão associadas a complicações neurológicas ou infecção que simula um quadro produzido pelo vírus selvagem e os grupos de risco são idosos e imunodeprimidos. Por isso, nesses casos, a avaliação médica antes da vacinação é muito importante.
Uma outra contraindicação são mulheres que amamentam bebês com menos de 6 meses de idade; se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por dez dias.
Quantas doses da vacina de febre amarela devo tomar?
O Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, adota o seguinte esquema:
- Crianças: recebem duas doses. A primeira aos 9 meses de vida. A segunda dose, aos 4 anos de idade.
- Adultos (de 5 a 59 anos): se nunca foram vacinados, recebem uma dose única.
Se você tomou uma dose da vacina antes de completar 5 anos de idade, o PNI recomenda que você tome uma segunda dose independentemente da sua idade atual.
Já a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam duas doses para todas as pessoas, mesmo para quem tomou a primeira dose com mais de 5 anos de idade.
A recomendação da SBIm é que essa segunda dose seja aplicada 10 anos após a primeira. A entidade se baseia em dados que sugerem que, em uma pequena parcela de vacinados, a imunidade pode diminuir com o tempo, o que é chamado de falha vacinal secundária.
Fonte: Dra. Maria Isabel de Moraes Pinto, Infectopediatra e médica consultora em vacinas da Dasa



