Meningite: tipos, sintomas e prevenção

Meningite

Autoras: Dra. Natasha Slhessarenko, Pediatra e Patologista Clínica da Dada e Dra. Maria Isabel de Moraes-Pinto, Infectologista Pediátrica e Consultora de vacinas Dasa. 

 

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A meningite é uma doença provocada por uma inflamação das meninges que são membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.  

Mais comumente decorre de infecção por agentes infecciosos, como bactérias, vírus ou fungos. Os sintomas podem ser leves, como uma dor de cabeça, ou mais graves, como sonolência ou coma.

Em todos os casos, o indivíduo deve buscar atendimento médico imediato.  

Continue a leitura para conhecer os tipos de meningite, os sintomas e a importância da vacina.  

 

O que são as meninges?  

As meninges são as membranas protetoras que envolvem o cérebro e a medula espinhal.  

A função dessas estruturas é proteger o sistema nervoso contra lesões, choques e infecções. As três camadas das meninges são: dura-máter, aracnoide e pia-máter.  

  

O que é a Meningite?  

A meningite é a inflamação das meninges, membranas que recobrem o cérebro e têm a função de proteger o órgão contra impactos e infecções. 

  

Tipos de Meningite  

Essa inflamação das meninges, geralmente, ocorre devido a uma infecção, sendo as bacterianas e as virais as mais comuns. 

No entanto, também pode ser causada por fungos e parasitas. 

Veja abaixo detalhes sobre os tipos de meningite.  

  

Meningite bacteriana  

É a meningite causada por bactérias.  

O agente causal da meningite bacteriana depende da idade do paciente, da rota de aquisição da doença e de fatores predisponentes.  

De maneira geral, as bactérias que mais comumente causam meningite são meningococos (Neisseria meningitidis) e pneumococos (Streptococcus pneumoniae).  

O meningococo possui 12 sorogrupos: A, B, C, E, H, I, K, L, W, X, Y e Z. No entanto, os meningococos que causam infecções em seres humanos são dos sorogrupos A, B, C, W, X e Y. 

Já o pneumococo possui diversos sorotipos que podem levar à meningite e, também, a quadros de pneumonia.   

  

O Haemophilus influenzae tipo b (Hib) já foi a causa mais comum de meningite bacteriana, principalmente na primeira infância.

Entretanto, após a inclusão das vacinas conjugadas contra Hib, houve um declínio acentuado na incidência da doença invasiva por essa bactéria em crianças.  

Outra bactéria que pode levar a quadros de meningite e menigoencefalite é o Mycobacterium tuberculosis, agente causador da tuberculose. Nestes casos a evolução é lenta e insidiosa.

Em geral, é diagnosticada nos estágios avançados, o que leva a alta letalidade e ao desenvolvimento de sequelas.    

Os quadros de meningite bacteriana são muito graves e podem ser fatais.

O tratamento se faz com antibióticos, que devem ser iniciados o mais rapidamente possível.   

  

Meningite viral  

A meningite viral é uma condição em que as meninges ficam inflamadas devido a uma infecção causada por vírus.  

Dentre os vírus que podem causar meningite, destacam-se: enterovírus (Poliovírus; Echovírus);  

Coxsackie; Herpesvírus; Citomegalovírus; Vírus Epstein Barr; arbovírus; Vírus do Sarampo; HIV; Adenovirus; Influenza; Parainfluenza; dentre outros.  

De maneira geral, os quadros costumam ser menos graves que as meningites bacterianas, mas quadros graves também podem ocorrer.  

 

Meningite fúngica  

A meningite fúngica é causada por fungos. É muito menos frequente do que as meningites bacteriana e viral, mas é uma condição grave, acometendo pessoas imunodeprimidas.  

Entre os fungos que podem causar meningite, estão: Cryptococcus sp, Candida sp, Blastomyces dermatitidis, Coccidioides immitis, Cryptococcus neoformans, Histoplasma capsulatum e Sporothrix schenckii. 

A meningite fúngica costuma ser muito grave e a introdução de drogas antifúngicas deve ser o mais precoce possível.  

 

Sintomas de meningite  

A meningite é uma doença grave e que pode deixar sequelas. O diagnóstico rápido e preciso e a instituição da terapêutica adequada e oportuna são cruciais para uma evolução mais favorável.  

Os sintomas principais da meningite são:  

  • Febre;  

  • Dor de cabeça;  

  • Rigidez de nuca (rigidez de pescoço); 

  • Abaulamento da fontanela (abaulamento da moleira) em bebês; 

  • Mal-estar; 

  • Náuseas; 

  • Vômitos;  

  • Sensibilidade à luz; 

  • Confusão mental;  

  • Manchas vermelhas na pele.  

 

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Diagnóstico de meningite  

A suspeita clínica de meningite deve sempre ser confirmada com exame do líquor ou líquido cefalorraquidiano (LCR).

O LCR pode evidenciar alterações que sugerem a etiologia viral, bacteriana ou fúngica, como o número e o tipo predominante de célula.  
 
Além disto, pelo exame do LCR se pode cultivar a bactéria, além de identificar material genético da bactéria, vírus ou de outros microrganismos.   

  

Tratamento da meningite  

O tratamento varia de acordo com o tipo de meningite.  

Em casos de meningite viral, em alguns casos são indicados antivirais específicos. Na maioria dos casos, apenas medidas de suporte são recomendadas. 

Já a meningite bacteriana necessita de antibióticos específicos para a bactéria envolvida.  

Para a meningite fúngica são utilizados antifúngicos, de acordo com o fungo identificado no líquido cefalorraquiano.  

  

Quais são as vacinas contra meningite e quando tomar?  

Veja abaixo os tipos de vacina meningite

 

BCG   

A vacina BCG previne as formas graves da tuberculose, dentre elas a meningite tuberculosa.  

A vacina é composta pelo Bacilo de Calmette-Guérin, daí o nome BCG. Trata-se de uma vacina viva atenuada (enfraquecida). 

A vacina é indicada de rotina a partir do nascimento até antes de a criança completar 5 anos de idade, em dose única.  

  

Vacina conjugada Haemophilus influenzae tipo b  

Protege contra doenças invasivas causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b - Hib  - epiglotite, meningite, pneumonia, sepse e artrite.  

No SUS, ela faz parte da vacina Pentavalente e é administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade.  

Já no sistema privado, ela faz parte das vacinas Pentavalente e Hexavalente e é administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforço aos 15 meses. 

As altas coberturas vacinais levaram ao quase desaparecimento das meningites por essa bactéria.      

  

Pneumocócica 10-valente (Conjugada) 

A vacina Pneumocócica 10-valente (Conjugada) previne doenças como pneumonia, otite e meningite provocadas por 10 sorotipos da bactéria S. pneumoniae, também conhecida como pneumococo.  

A vacina Pneumocócica 10-valente (Conjugada) é administrada no SUS e recomendada para crianças a partir de 2 meses e menores de 5 anos.  

Por ser uma vacina conjugada, os anticorpos produzidos são mais efetivos e duradouros.   

  

Pneumocócica 13-valente (Conjugada)   

Previne doenças invasivas graves, como pneumonia e meningite, provocadas por 13 sorotipos da bactéria S. pneumoniae, também conhecida como pneumococo.  

É indicada para o esquema vacinal de rotina de crianças a partir dos 2 meses de idade e menores de 6 anos.   

Também deve ser utilizada em crianças, adolescentes e adultos que tenham algum problema de saúde que aumente o risco da infecção.  

Por ser uma vacina conjugada, os anticorpos produzidos são mais efetivos e duradouros.   

 

Pneumocócica 15-valente (Conjugada)   

Previne doenças invasivas graves, como pneumonia e meningite, provocadas por 15 sorotipos da bactéria S. pneumoniae, também chamada de pneumococo.  

Entre esses 15 sorotipos está o sorotipo 3, causador de pneumonia necrotizante.   

Por ser uma vacina conjugada, os anticorpos produzidos são mais efetivos e duradouros.   

  

Pneumocócica 23-valente  

Previne doenças graves, como pneumonia e meningite, provocadas por 23 sorotipos da bactéria S. pneumoniae, também conhecida como pneumococo.  

É indicada para crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos que tenham algum problema de saúde que aumenta o risco para a infecção (como diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves e imunossuprimidos).

É também indicada para pessoas a partir dos 60 anos como parte do esquema vacinal de rotina.  

  

Meningocócica C (Conjugada)   

Protege contra a doença meningocócica provocada pela bactéria Neisseria meningitidis (também conhecida como meningococo) do sorogrupo C. É oferecida exclusivamente na rede pública de saúde.  

A imunização é feita aos 3 e 5 meses de idade, com uma dose de reforço aos 12 meses.  

  

Meningocócica ACWY (Conjugada)   

Protege contra a doença meningocócica provocada pela bactéria Neisseria meningitidis (também conhecida como meningococo) dos sorogrupos A, C, W e Y.   

A vacina meningocócica ACWY é uma vacina inativada e contém antígenos formados por componentes da cápsula das bactérias (oligossacarídeos) dos sorogrupos A, C, W e Y conjugados a uma proteína.   

Geralmente, é administrada a partir dos 3 meses de idade, com uma segunda dose aos 5 meses.

O reforço deve ser feito aos 12 meses de idade, 5 e 11 anos. 

No SUS, a vacina está disponível no esquema de uma dose em adolescentes entre 11 e 12 anos como reforço do esquema vacinal da vacina meningocócica C.   

  

Meningocócica B   

Protege contra a doença meningocócica provocada pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo) do sorogrupo B.   

É uma vacina oferecida apenas pela rede privada de saúde.

O esquema de vacinação pode variar de acordo com a idade de início da imunização:   

  • Primeira dose aos 3 meses, segunda dose aos 5 meses e um reforço entre 12 e 15 meses;  
  • Primeira dose entre 6 e 11 meses: três doses, as duas primeiras com intervalo de 2 meses e a última com 15 meses;  
  • Primeira dose com 12 meses: duas doses com intervalo de 2 meses e um reforço após um ano da última dose;  
  • Primeira dose com mais de dois anos (incluindo adultos e idosos): duas doses com intervalo de 1 mês.  

  

Onde encontrar as vacinas contra meningite?  

Agende a sua vacina agora mesmo em uma unidade de Alta Diagnóstico pela nossa plataforma digital. 

Se preferir, experimente nosso serviço de Vacinação Móvel e realize sua vacina onde estiver. 

 

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Categoria
Saúde