Vacina de 2 meses: quais o bebê deve tomar
Depois das vacinas que o bebê recebe na maternidade, vem o que chamamos de vacina de 2 meses. Que na verdade não é uma única vacina, mas um conjunto de imunizantes projetados para proteger o bebê contra doenças infecciosas muito comuns na infância. E que podem levar a hospitalizações e complicações graves.
Continue a leitura e saiba mais sobre as vacinas aplicadas no segundo mês de vida. Vamos explicar quais são elas, para que servem, as reações mais comuns e o que fazer se o calendário de vacinação atrasar.
Vacinas de 2 meses: quais são?
As vacinas recomendadas para os bebês aos 2 meses de idade são um conjunto de imunizantes que protegem contra diversas doenças graves. Elas são aplicadas em uma única visita ao laboratório e preparam o organismo da criança para combater infecções. As principais são:
- Hexavalente acelular (DTPa-VIP-Hib-HB): é uma vacina combinada que protege contra seis doenças: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b (que causa meningite e outras infecções), poliomielite (paralisia infantil) e hepatite B.
- Pneumocócica conjugada 20-valente (VPC20): protege contra 20 tipos da bactéria pneumococo, que pode causar doenças graves como meningite, pneumonia, infecção generalizada (sepse), além de otite média aguda (infecção de ouvido) e sinusite.
- Rotavírus pentavalente (VORH): vacina oral administrada em gotinhas na boca do bebê. Ela protege contra cinco tipos de rotavírus, um dos principais causadores de diarreia grave em crianças pequenas.
Reação da vacina de 2 meses: ela existe mesmo?
Sim, as vacinas de 2 meses podem ter eventos adversos. Eles são, em geral, um sinal de que o sistema imunológico do bebê está respondendo aos imunizantes e criando defesas para proteger o corpo contra as doenças.
Os eventos mais comuns são geralmente leves e desaparecem em poucos dias. Os mais frequentes estão associados às vacinas injetáveis, como a hexavalente e a pneumocócica.
Quanto tempo dura a reação da vacina de 2 meses?
O tempo varia de acordo com o evento adverso:
- Vermelhidão, inchaço e dor no local da vacinação: podem ocorrer no local de administração das vacinas Hexavalente e Pneumocócica. Duram, em geral, 1 a 2 dias.
- Febre: quando ocorre, persiste por um ou dois dias.
- Diarreia: ocorre geralmente como reação à vacina rotavírus, com um aumento no número de evacuações e dura 2 a 3 dias.
- Irritabilidade: manifesta-se como choro, em geral no primeiro dia após a vacinação.
Quantos dias pode atrasar a vacina de 2 meses?
Manter o calendário vacinal em dia é o ideal para garantir que a criança esteja protegida o mais cedo possível. Mas, caso o bebê não possa receber as vacinas exatamente aos 2 meses, é importante conversar com o pediatra para reprogramar a aplicação o quanto antes.
O importante é não deixar de vacinar, e o esquema de doses pode ser ajustado. Deve-se seguir a orientação do médico para colocar o calendário em dia de forma segura e evitar que a criança fique suscetível a todas as doenças que as vacinas previnem.
Para que serve a vacina de 2 meses?
As vacinas de 2 meses servem como uma barreira de proteção, prevenindo doenças graves que podem ter consequências sérias. Cada imunizante tem um alvo específico.
A vacina hexavalente, por exemplo, protege contra seis doenças de uma só vez:
- Coqueluche, uma infecção respiratória contagiosa e muito perigosa para os bebês.
- Difteria, uma infecção respiratória grave, que pode levar à dificuldade de respirar e febre, e ainda causar acometimento de nervos e do coração.
- Poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, pode causar paralisia de membros e ser fatal.
- Tétano, infecção causada por toxinas de uma bactéria que causam espasmos intensos e dolorosos, chegando a fratura de ossos e insuficiência respiratória.
- Bactéria Haemophilus influenzae tipo b, que atinge principalmente crianças de até cinco anos, causando meningite, pneumonia, infecção generalizada, e também otite e sinusite.
- Hepatite B, um tipo de hepatite viral que, em crianças pequenas, leva a hepatite crônica, cirrose e câncer de fígado.
Já a vacina pneumocócica conjugada protege contra a bactéria pneumococo, que é uma causa comum de meningite, pneumonia, infecção generalizada (sepse), além de otite média aguda (infecção de ouvido) e sinusite.
Por fim, a vacina rotavírus previne a infecção que causa diarreia e vômitos intensos, podendo levar à desidratação e à necessidade de internação hospitalar.
As vacinas na maternidade e as dos 2 meses são as primeiras etapas para um crescimento mais saudável. Mas é importante seguir todo o calendário, com as vacinas aos 3 meses, vacinas de 4 meses, 5 meses, 6 meses e assim por diante. Vacina é proteção para a vida toda.
Onde vacinar o bebê?
A vacinação do bebê pode ser realizada em uma das unidades no Alta Diagnósticos em São Paulo ou no Rio de Janeiro. O Alta conta com profissionais capacitados para o público infantil e um ambiente acolhedor, com espaços lúdicos, macas mais baixas e banheiros acessíveis.
Para ajudar a diminuir a ansiedade e o foco na dor da picada, são utilizados recursos como agulhas mais finas, um dispositivo vibratório em formato de abelha (Buzzy), curativos divertidos e até um “certificado de coragem” após a aplicação.
Há também a opção de vacinação em casa, que permite manter o calendário vacinal em dia sem custo adicional. Para mais informações sobre este serviço e para consultar preços, basta acessar o canal de agendamento online.
Fonte: Dra. Maria Isabel de Moraes Pinto, Infectopediatra



